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Tacla Duran: Toffoli analisará atuação do MPF

A medida foi escolha decidida pelo magistrado Ricardo Lewandowski tem sua aposentadoria, porém sua decisão não foi respeitada

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta segunda-feira (22), cópias das ações penais contra Rodrigo Tacla Duran para investigar se o Ministério Público Federal desrespeitou a suspensão dos processos. Duran possui acusação de lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.

Esses processos ficaram perante a relatoria do magistrado Toffoli. O ministro também manteve a ordem de que nenhuma decisão seja manifestada nesses processos. Além do mais, todos os recursos parciais e processuais que o abrange.  

A finalidade da decisão é oferecer para o magistrado uma análise assertiva sobre o acaso para examina se o Ministério Público Federal desrespeito à decisão dos feitos 

Esta medida já foi defendida pelo ministro Lewandowski agora emérito, porém não obteve resultados. Dias solicitou informações sobre o descumprimento da decisão. 

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Quem é o Tacla Duran? 

Advogado da Odebrecht em meados de 2011 e 2016, Tacla Duran recebeu acusações pela Operação Lava Jato. Afinal, ele lavou um equivalente a R$ 50 milhões através de suas empresas e por movimentar por volta de R$ 95 milhões para a empreiteira. 

Em evidência por ser réu, o advogado Rodrigo Tacla Duran lavou dinheiro para a empreiteira Odebrecht na Operação Lava Jato. Além disso, é indiciado com um dos autores offshores, que é um nome corriqueiro  nas companhias e contas bancárias abertas em locais, onde tem menor tributação para propósitos lícitos.

Além disso, seria um departamento de propina da empreiteira. O advogado recebeu por volta de R$ 36 milhões de empresas que foram alvo de investigação pela Operação Lava Jato como EIT, UTC e Mendes Junior

No ano de 2016, Duran esteve detido por três meses na Espanha, pois o advogado tem descendência espanhola, mas o réu foi solto provisoriamente após recorrer à justiça do país. 

Denúncia contra Dallagnol e Moro 

Por meio de um depoimento ao juiz Eduardo Appio, o advogado faz acusações contra o ex-juiz e até, então, senador Sérgio Moro da União Brasil-PR.

Do mesmo modo, o ex-coordenador da Lava Jato e agora cassado como deputado, Deltan Dallagnol do Podemos-PR. Segundo Duran, os então magistrados teriam tentado extorqui-lo para que não fosse preso no decorrer da operação.. 

No ano de 2019, Tacla Duran divulgou que efetivou a primeira parcela no valor de US$ 612 mil a um advogado chamado Marlus Arns. Inclusive, ele tinha vínculo com Sérgio Moro e já tinha trabalhado com sua cônjuge Rosângela Moro. O advogado relata que se recusou a pagar as demais parcelas. 

A detenção de Duran veio á tona no ano de 2016 por Moro, que atuava como juiz na 13ª Vara Federal de Curitiba. No dia 4 de abril passado o juiz anulou a preventiva.   

Naquele período, o advogado virou alvo de busca por um sócio de Rosângela Moro, Carlos Xucoltto Junior, para fazer o pagamento “por fora” e conseguir uma negociação de delação premiada. 

Tacla Duran recorreu à justiça com gravações e fotos como provas que baseadas em suas declarações iriam confirmar as acusações. Por causa do alto poder político e econômico dos envolvidos, o advogado foi para o programa federal de proteção a testemunhas. Atualmente ele se encontra na Espanha. 

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