Uber: Paralisação de motoristas tem adesão parcial pelo Brasil
Motoristas realizam paralisação por reajuste nos repasses do valor das corridas e melhores condições de trabalho
Motoristas dos aplicativos Uber e 99 organizaram uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira (15) para protestar contra a falta de reajuste nos repasses do valor das corridas. A greve, convocada pela Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e pela Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), teve uma expectativa de adesão de 70% dos mais de 2 milhões de motoristas ativos no Brasil, porém, a adesão foi apenas parcial.
Durante a paralisação, o site DownDetector registrou um pico de reclamações relacionadas à solicitação de corridas, atingindo 64% das notificações. Nas redes sociais, usuários relataram dificuldades em encontrar motoristas disponíveis, enquanto outros conseguiram realizar corridas normalmente.
Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp e diretor da Fembrapp, compartilhou atualizações sobre a paralisação em suas redes sociais. Ele destacou o dinamismo da demanda e a falta de carros disponíveis para atender a alta procura.
+ Uber para adolescentes: empresa anuncia contas para menores de idade
Reivindicação dos motoristas
Uma das principais reivindicações dos motoristas é o aumento da tarifa mínima (para R$ 10,00) e a redução da comissão cobrada pelas plataformas, que chega a representar 60% do valor de algumas corridas. Além disso, vale destacar que o valor repassado para o motorista segue congelado desde meados de 2015 e 2016.
Os motoristas também solicitam a disponibilização de seguro de vida e saúde, bem como melhorias na proteção contra assaltos e violência nas áreas urbanas.
As empresas Uber e 99 ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a paralisação dos motoristas. A expectativa é de que as negociações entre as partes ocorram nos próximos dias, buscando soluções para atender às demandas da categoria.
Aqui no N10 Notícias você fica por dentro das principais notícias do Brasil.