Alta abstenção marca o CNU 2024: mais da metade dos candidatos não comparecem
Ao todo, o concurso oferece 6.640 vagas em 21 órgãos federais.
Neste domingo (18), a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, divulgou um balanço preliminar sobre a participação no Concurso Público Nacional Unificado (CNU), informando que aproximadamente 1 milhão de pessoas compareceram para realizar as provas. O concurso, que registrou 2,14 milhões de inscritos, apresentou uma taxa de abstenção superior a 50%.
Esther Dweck destacou que o número de abstenções estava dentro das expectativas, considerando a magnitude do concurso. “Está dentro da nossa expectativa, comparando com outros concursos desse tamanho, nesse quantitativo de gente“, declarou a ministra. Apesar do alto índice, ela ressaltou que a abstenção foi menor do que a observada em outros certames recentes, como o realizado pelo Banco Central. “A média histórica é em torno de 40%, chegando a 50% em concursos maiores“, explicou.
No levantamento inicial, o Distrito Federal foi apontado como a região com a menor taxa de abstenção, enquanto o Ceará registrou a maior. No entanto, os dados ainda são preliminares, e o Ministério da Gestão deverá divulgar informações consolidadas nesta segunda-feira (19).
As provas do CNU tiveram início às 9h, com encerramento variando entre 17h30 e 19h, dependendo do bloco de conhecimentos escolhido pelo candidato e das necessidades especiais de participantes com deficiência. Os candidatos já podem acessar o caderno de questões na página oficial do CNU, e o gabarito preliminar será divulgado na próxima terça-feira (20). O resultado final do concurso está previsto para o dia 20 de novembro.
O CNU se destacou como a maior seleção de servidores da história, com a participação de 2,1 milhões de inscritos, sendo realizado em 228 cidades distribuídas por todos os estados brasileiros e pelo Distrito Federal. Ao todo, o concurso oferece 6.640 vagas em 21 órgãos federais. Esta é a primeira vez que o formato de seleção unificada foi adotado para preenchimento de cargos no governo federal.
Originalmente, as provas do CNU estavam programadas para ocorrer em 5 de maio. Entretanto, devido às fortes chuvas que afetaram quase 95% dos municípios do Rio Grande do Sul, o governo federal decidiu adiar o certame dois dias antes da data inicialmente marcada, para garantir a segurança dos candidatos.