Sindicato volta a cobrar concurso público para unidades do IERN
A insistência do sindicato por um concurso público se baseia na convicção de que as vagas de trabalho "devem ser preenchidas por servidores efetivos".
Janeayre Souto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado do Rio Grande do Norte (SINSP/RN), intensificou as demandas por um novo concurso público.
Em recente ação, Souto protocolou um ofício junto à secretária de Educação, Socorro Batista, solicitando que as vagas administrativas dos Institutos de Educação Profissional, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Norte (IERN) sejam preenchidas por servidores efetivos. Este pedido vem na sequência de uma primeira solicitação, realizada em agosto de 2021, ainda sem resposta da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC).
A insistência do sindicato por um concurso público se baseia na convicção de que “o concurso é essencial para o desenvolvimento social e a continuidade das políticas públicas”, segundo palavras de Janeayre Souto. Ela aponta que a última seleção para a administração direta ocorreu há mais de três décadas (1989), resultando em um déficit significativo na previdência do estado devido à redução de servidores contribuintes.
“O déficit da nossa Previdência corresponde à redução do número de servidores contribuintes”, disse Souto, enfatizando as consequências da falta de novas contratações. “Se essas vagas fossem destinadas em concursos públicos, o IPERN poderia arrecadar quantias milionárias. A terceirização prejudica o serviço público, agrava a situação da previdência estadual e nada contribui para a manutenção dos servidores de carreira”, completou.
Sobre o Instituto Estadual de Educação Profissional, Tecnologia e Inovação (IERN)
Os IERNs, que são parte integral do Programa Nova Escola Potiguar (PNEP), representam um investimento considerável no setor educacional do estado. O PNEP destina cerca de R$ 400 milhões para melhorias na educação, incluindo a construção de novas escolas, expansão do acesso à internet, compra de ônibus escolares e fortalecimento de políticas de alfabetização.
Cada unidade do IERN possui um custo médio de R$ 10 milhões e é projetada com uma infraestrutura abrangente, contendo 12 salas de aula, quatro laboratórios, áreas de convivência e outros espaços dedicados à educação profissional e tecnológica.
A mais recente adição a essa rede, o IERN Natal, iniciou matrículas para cursos técnicos em Química e Redes de Computadores. A unidade conta com uma área de 8 mil metros quadrados, que inclui amplas instalações como quadra poliesportiva coberta, refeitório, biblioteca e auditório, além de um generoso espaço verde.
