África declara emergência sanitária devido ao vírus mpox
O contágio do mpox em humanos ocorre principalmente através de animais, e os sintomas da doença são semelhantes aos da varíola humana.
O Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África) declarou uma “emergência sanitária pública” em resposta ao avanço do vírus mpox, anteriormente conhecido como “varíola dos macacos”. Essa decisão surge em meio à crescente preocupação com uma nova variante do vírus, detectada em setembro de 2023 na República Democrática do Congo. Essa variante tem se espalhado rapidamente por diversos países do continente africano, resultando em um aumento significativo no número de casos.
Segundo Jean Kaseya, diretor-geral do CDC África, a situação é alarmante e requer uma resposta coordenada: “Não se trata de mais um desafio, mas sim de uma crise real que demanda ação política coletiva. Mas vamos ser claros: esse não é um problema exclusivo da África, o mpox é uma ameaça global“.
Embora a crise esteja mais concentrada no continente africano, o vírus já se manifestou em outras partes do mundo. Na Itália, por exemplo, mais de mil casos foram registrados nos últimos dois anos, com 441 ocorrências na região da Lombardia.
Nos últimos dois meses, o Ministério da Saúde italiano notificou mais nove novos casos da doença, sendo seis no Vêneto, dois em Friuli Veneza Giulia e um em Lombardia. Desde 2022, 262 dos infectados no país contraíram o vírus durante viagens internacionais, evidenciando o caráter global da ameaça.
O contágio do mpox em humanos ocorre principalmente através de animais, e os sintomas da doença são semelhantes aos da varíola humana. Os infectados podem apresentar bolhas na pele, dores de cabeça, febre e fraqueza. A rápida disseminação do vírus, aliada à gravidade dos sintomas, torna imperativa a adoção de medidas sanitárias rigorosas e uma maior conscientização global sobre os riscos e formas de prevenção do mpox.
Com informações da Agência ANSA*