Donald Trump pede aos americanos que “permaneçam unidos” após ataque
Trump pede união e condena a violência política, recebendo apoio de líderes internacionais; Rússia culpa governo Biden por criar atmosfera para ataque a Trump.
Neste sábado (13), o ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato republicano à presidência, Donald Trump, foi alvo de uma tentativa de assassinato durante um comício na cidade de Butler, Pensilvânia. O incidente deixou Trump com um ferimento leve na orelha, mas resultou na morte de um espectador e em dois feridos graves.
Em suas primeiras declarações após o atentado, Trump agradeceu pelas “orações e pensamentos” recebidos. “Foi Deus quem impediu que o impensável acontecesse,” afirmou o ex-presidente em sua rede Truth Social, pedindo união aos americanos para “não permitir que o Mal vença“. Trump expressou ainda seu amor e solidariedade às outras vítimas e suas famílias, rezando pela recuperação dos feridos e lembrando o cidadão que perdeu a vida no ataque.
Trump também demonstrou determinação em continuar sua campanha e se mostrou ansioso para discursar na Convenção Nacional Republicana em Wisconsin, onde será oficialmente nomeado candidato do partido para a eleição presidencial de novembro. “Neste momento, é mais importante do que nunca que permaneçamos unidos e mostremos nosso verdadeiro caráter como americanos, mantendo-nos fortes e determinados,” concluiu Trump.
O Serviço Secreto e o FBI estão investigando o caso. Segundo o porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, o suspeito, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, realizou múltiplos disparos de uma posição elevada fora do recinto do evento, sendo posteriormente abatido pelos agentes de segurança. Um rifle AR foi encontrado com o atirador, que estava a mais de 130 metros do palco.
Reações
O atentado gerou reações de líderes mundiais e de instituições internacionais, que condenaram veementemente o ato de violência. O Kremlin, através do porta-voz Dmitry Peskov, declarou que não acredita que o governo de Joe Biden tenha organizado o ataque, mas criticou o clima de tensão ao redor de Trump. “A atmosfera em torno do candidato Trump… provocou o que a América está enfrentando hoje,” afirmou Peskov, condenando a violência no contexto político.
O Vaticano também se pronunciou, classificando o atentado como um ataque à democracia. “A Santa Sé expressa sua preocupação após o episódio violento que fere pessoas e a democracia, provocando sofrimento e morte,” afirmou o porta-voz Matteo Bruni, ecoando as orações dos bispos americanos pelas vítimas e pela paz.
Na Alemanha, o presidente Frank-Walter Steinmeier condenou o atentado e expressou profunda simpatia pela família do espectador falecido. “A violência não deve ter lugar em nossa democracia – nem na América, nem aqui,” disse Steinmeier, enfatizando que a democracia pode suportar controvérsias acirradas, mas a violência a destrói.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, usou a plataforma X (anteriormente Twitter) para manifestar choque com a tentativa de assassinato. “A violência política não tem lugar em nossas democracias. Os aliados da OTAN permanecem juntos para defender nossa liberdade e valores,” declarou Stoltenberg, desejando uma rápida recuperação a Trump e aos afetados.
Nos Estados Unidos, a tentativa de assassinato provocou uma onda de reações entre políticos e figuras públicas. O presidente Joe Biden classificou o ataque como “repugnante” e destacou que a violência política é inadmissível. Chuck Schumer, líder democrata no Senado, afirmou estar “horrorizado” e a vice-presidente Kamala Harris enfatizou que todos devem condenar o ato.
Líderes latino-americanos também se manifestaram. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, repudiou o atentado, enquanto o presidente salvadorenho, Nayib Bukele, questionou o estado da democracia. Nicolás Maduro, da Venezuela, desejou saúde e longa vida a Trump.
Na Europa, o representante da União Europeia, Josep Borrell, e líderes como Benjamin Netanyahu, de Israel, Viktor Orbán, da Hungria, e Emmanuel Macron, da França, expressaram solidariedade e condenação ao ato violento.