Irã ameaça “guerra aniquiladora” em resposta a possível ofensiva israelense no Líbano
O Irã ameaça uma "guerra aniquiladora" caso Israel realize uma ofensiva militar contra o Líbano, aumentando as tensões com o Hezbollah.
O Irã emitiu uma advertência severa nesta sexta-feira (28), afirmando que lançará uma “guerra aniquiladora” caso Israel realize uma ofensiva militar contra o Líbano. Esta declaração ocorre em meio a uma escalada de tensões entre Israel e a organização xiita libanesa Hezbollah.
“Ainda que o Irã considere a propaganda do regime sionista sobre sua intenção de atacar o Líbano como uma guerra psicológica, se eles embarcarem em uma agressão militar em larga escala, ocorrerá uma guerra aniquiladora“, comunicou a missão de Teerã na ONU através de sua conta na plataforma X.
A missão iraniana acrescentou que “todas as opções, incluindo a plena participação de todos os Frentes de Resistência, estão sobre a mesa“. Esta declaração foi feita após as Forças de Defesa de Israel (FDI) atacarem estruturas militares de Hezbollah no sul do Líbano, aumentando ainda mais as tensões na região.
Rumo a uma nova escalada militar?
O conflito entre Hezbollah e Israel permanece, por enquanto, em uma fase “latente”. No entanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou em 23 de junho que o próximo objetivo do Exército, após concluir sua operação na cidade de Rafa, é enfrentar o Hezbollah na fronteira norte.
Apesar das pressões da administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, os funcionários israelenses têm se mantido firmes em sua intenção de perseguir o Hezbollah no Líbano. Esta postura foi confirmada por funcionários do Pentágono familiarizados com as conversas, conforme citado pela NBC News.
A situação no Oriente Médio tem gerado preocupação internacional, especialmente diante da possibilidade de um conflito de maiores proporções envolvendo múltiplos atores na região. O Irã, sendo um dos principais apoiadores do Hezbollah, vê qualquer movimento agressivo de Israel como uma ameaça direta aos seus interesses estratégicos no Líbano e na região como um todo.