OMS exige dados médicos da China em meio a surto de doenças respiratórias
O aumento recente de doenças respiratórias entre crianças no norte da China chamou a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em resposta, a OMS fez um pedido oficial por informações detalhadas sobre os casos, gerando discussões sobre a natureza e gravidade deste surto.
Desde meados de outubro, o norte da China vem relatando um aumento significativo em doenças semelhantes à influenza, superando os números dos últimos três anos. As autoridades chinesas atribuíram esse aumento à circulação de patógenos conhecidos, incluindo influenza e SARS-CoV-2, após o levantamento das restrições da COVID-19.
A solicitação da OMS por dados detalhados reflete a preocupação global com a saúde pública. A organização enfatizou a importância de uma vigilância aprimorada em instalações de saúde e na comunidade. Através dos mecanismos das Regulações Internacionais de Saúde, a OMS busca entender melhor a situação, particularmente em relação aos clusters não diagnosticados de pneumonia em crianças.
Enquanto alguns temem o início de uma nova pandemia, outros acreditam que o aumento das infecções é típico da temporada de doenças respiratórias. Reportagens do tabloide britânico Daily Mail destacaram que os hospitais chineses estão enfrentando um grande número de crianças com sintomas semelhantes aos da COVID-19, incluindo inflamação pulmonar e febre alta, mas sem tosse.
Especialistas em saúde pública global, como Jennifer Nuzzo, epidemiologista e diretora do Centro de Pandemia da Escola de Saúde Pública da Universidade Brown, alertam para a necessidade de preparação e proteção semelhantes às adotadas durante a pandemia de COVID-19.
A AFP entrevistou pais de crianças doentes na China, revelando percepções variadas. Uma mãe relatou que muitas crianças foram infectadas recentemente, enquanto outra disse não estar particularmente preocupada, considerando a época do ano.
Com hospitais relatando um número crescente de internações de crianças, o sistema de saúde da China enfrenta desafios significativos. Enquanto aguarda mais informações da China, a OMS aconselha a população a adotar medidas preventivas contra doenças respiratórias.