Celeste Fishbein, filha de brasileiros, morre em cativeiro do Hamas
Na manhã desta terça-feira (17/10), a tristeza se abateu sobre a família Fishbein ao ter a morte da jovem israelense Celeste Fishbein, de 18 anos, confirmada. Com origens profundamente ligadas ao Brasil, sendo filha e neta de brasileiros, sua morte chocou tanto a comunidade local quanto a comunidade brasileira.
No sábado, 7 de outubro, o grupo islâmico Hamas, categorizado por muitos como terrorista, efetuou um ataque a Israel. Logo em seguida, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, declarou estado de guerra. Em meio a esse cenário de conflito, a jovem Celeste foi sequestrada e mantida em cativeiro. Desde então, sua família empenhou-se arduamente em sua busca, até serem informados sobre o trágico desfecho.
Mário Fishbein, tio de Celeste, comunicou ao portal g1 sobre a terrível descoberta: “(O exército israelense) avisou a gente que a (minha) sobrinha foi assassinada. Encontraram o corpo dela“. Os detalhes adicionais, como as circunstâncias de sua morte e onde o corpo foi localizado, ainda permanecem incertos. A expectativa é que o corpo de Celeste seja liberado nas próximas horas.
Um contexto aterrorizante
O ataque perpetrado pelo Hamas resultou no sequestro de aproximadamente 120 pessoas, com Celeste sendo uma das vítimas. Ela estava em sua residência quando o grupo armado a abordou. Em meio ao caos, a família Fishbein buscou refúgio em um abrigo durante uma cerimônia religiosa na casa da avó. Daquele local, puderam observar residências sendo invadidas e arruinadas.
O último contato da família com Celeste ocorreu via mensagens. Em um momento angustiante, Celeste alertou sobre os terroristas do Hamas que estavam se passando por soldados do exército israelense e invadindo residências. Após esse alerta, as comunicações foram encerradas.
Raízes brasileiras
Celeste Fishbein pertencia a uma família de judeus brasileiros que migraram de Guaratinguetá, interior de São Paulo, para Israel. Moradora de um kibutz próximo à Faixa de Gaza, Celeste atuava como babá. Sua mãe e avós, originalmente do bairro Bom Retiro, em São Paulo, também viviam na região de Gaza, em outro kibutz.