Hezbollah sinaliza possível apoio ao Hamas no confronto com Israel
O ambiente no Oriente Médio está cada vez mais tenso. O movimento xiita libanês Hezbollah, em recente comunicado de seu secretário adjunto, Naim Qassem, manifestou-se disposto a entrar na luta contra Israel, apesar dos apelos internacionais pela sua não interferência.
Conforme informações da Reuters, há um claro pedido, tanto direto quanto indireto, de potências mundiais, países árabes e da ONU para que o Hezbollah não se envolva no combate atual entre Israel e o Hamas. O Hezbollah, possuindo um arsenal significativamente mais poderoso que o Hamas, é visto por especialistas como uma ameaça capaz de atingir quase todo o território israelense.
Embora episódios de conflito sejam registrados na fronteira entre Israel e Líbano, a maioria dos analistas acredita que nem Israel nem o Hezbollah desejam escalar a situação. Entretanto, a intervenção do Hezbollah na atual guerra entre Israel e Hamas pode ser um fator determinante.
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, como ressaltado pela Associated Press, condenou as ações israelenses, mas também alertou sobre os perigos das facções libanesas se deixarem levar pelos planos de Israel.
Memórias de 2006
Firas Maksad, do Middle East Institute, lembrou que a grande confrontação militar em 2006 entre Israel e Líbano resultou na morte de mais de 1.500 libaneses e provocou uma crise econômica intensa no país. O envolvimento do Hezbollah no atual conflito poderia causar descontentamento generalizado na população libanesa.
Tensões crescentes
Com Israel se preparando para um possível grande operação terrestre em Gaza, a situação se torna ainda mais incerta. Pessoas próximas ao Hezbollah sugerem que tal ofensiva israelense poderia ser o gatilho para a intervenção do movimento, com consequências devastadoras.
Por outro lado, Anthony Elghossain do Instituto New Lines, reforça que nem Israel nem o Hezbollah parecem querer um confronto prolongado, a menos que ocorra um erro de cálculo de qualquer parte.
Um conflito em múltiplas frentes?
Israel teme que a abertura de um novo front no norte possa alterar o curso da guerra. O poderio militar do Hezbollah é muito superior ao do Hamas, conforme relatado pela AP. Há ainda a preocupação com ações do Irã, que poderiam incentivar o Hezbollah a entrar em guerra.
O cenário no Oriente Médio permanece em constante mudança e incerteza. A possível intervenção do Hezbollah poderia reconfigurar a dinâmica da região e as repercussões seriam sentidas globalmente. Mantenha-se informado e compartilhe essas informações para que todos compreendam a complexidade da situação!