Candidato à presidência do Equador é assassinado em evento político
O cenário político equatoriano foi abalado nesta quarta-feira (9), com a morte trágica do candidato presidencial Fernando Villavicencio, vítima de um ataque armado enquanto participava de um comício em um colégio no norte de Quito. O incidente deixou várias outras pessoas feridas.
Durante um evento no colégio Anderson, na capital equatoriana, Villavicencio foi brutalmente atingido por tiros, marcando o fim abrupto de um evento político. Juan Zapata, o Ministro do Interior, confirmou a morte do candidato em meio à crescente tensão e preocupação.
O número exato de vítimas ainda não foi totalmente confirmado, mas informações preliminares indicam que cerca de oito pessoas foram feridas no ataque. Sete delas foram levadas ao mesmo hospital para onde Villavicencio foi rapidamente encaminhado.
Perfil de Villavicencio
Fernando Villavicencio Valencia concorria ao cargo máximo do país pelo movimento Construye lista 25 (MC25), de tendência liberal conservadora. Além de sua carreira política, Villavicencio era jornalista e um dos fundadores da organização indígena Pachakutik em 1995. Em 2021, foi eleito para a Asamblea Nacional (AN) pelo Movimento Honestidad.
Carlos Figueroa, um amigo próximo de Villavicencio e também assessor de campanha, confirmou a tragédia aos meios de comunicação. De acordo com Figueroa, Villavicencio foi atingido por três tiros na cabeça, sendo que o seu estado já era considerado crítico quando foi encontrado.
Reações e consequências
Imagens circulando nas redes sociais mostram o caos e a confusão que se instalou após o ataque. Um suspeito, alegadamente identificado como um dos autores do ataque armado, foi detido por populares.
A resposta a este trágico evento foi imediata. O presidente Guillermo Lasso expressou sua indignação e tristeza através de sua conta no X (anteriormente Twitter), garantindo que este crime não ficará sem resposta. Ele enfatizou que “o crime organizado foi longe demais” e que todos os envolvidos sentirão “todo o peso da lei“.
Outras figuras proeminentes, como a candidata à presidência pelo movimento Revolución Ciudadana, Luisa González, e o prefeito de Quito, Pabel Muñoz, também manifestaram sua consternação e exigiram justiça.