Israel e Hamas em guerra: o que se sabe até agora?
Neste sábado (7), o mundo voltou seus olhos para o Oriente Médio, mais especificamente para o cenário explosivo entre Israel e o grupo Hamas. O epicentro desta nova onda de hostilidades se manifesta de formas variadas, desde ataques aéreos até tentativas de incursões marítimas.
O início dos confrontos: motivações e primeiros ataques
Tudo começou quando as Brigadas al-Qassam, ala militar do Hamas, anunciaram uma surpreendente operação militar contra Israel. Quase que imediatamente, as Forças de Defesa de Israel (FDI) reagiram, desencadeando uma série de ações defensivas. O resultado? Ambas as partes já reportam dezenas de mortos e centenas de feridos.
Dentro desta operação, denominada ‘Inundação de Al-Aqsa’, o Hamas proclamou ter lançado cerca de 5.000 projéteis contra diversas posições israelenses. Mohammed Deif, notável líder das Brigadas al-Qassam, proclamou este período como “o dia da grande revolução”, conclamando árabes residentes em Israel e até mesmo a “resistência islâmica” em países como Líbano, Iraque e Síria, a se juntarem ao combate.
Israel responde
Daniel Hagari, porta-voz das FDI, confirmou o tenso panorama, destacando que Israel foi atacado por mais de 2.200 mísseis apenas no início deste conflito. Não apenas isso, mas militantes teriam se infiltrado em território israelense, tanto por terra, como pelo mar e pelo ar.
E Tel Aviv, uma das mais icônicas cidades de Israel, não foi poupada. O movimento Hamas lançou dezenas de mísseis contra a metrópole, gerando cenas de caos e medo. Alarmes antiaéreos soaram, e relatos indicam que sete pessoas foram feridas diretamente em Tel Aviv, com outros feridos em regiões adjacentes.
O motivo deste ataque direto? Uma resposta do Hamas ao bombardeio de dois edifícios em Gaza, que, de acordo com fontes locais, eram utilizados por membros do próprio grupo.
A resposta militar e política de Israel
O Primeiro Ministro israelense, Benjamín Netanyahu, foi enfático ao se dirigir à nação: “Não é uma operação, é uma guerra“. Em resposta ao Hamas, Israel lançou a operação ‘Espadas de Hierro’, com “dezenas de aviões de combate” já em ação sobre alvos em Gaza.
Mas a situação não se limita apenas a ações militares. Há também um componente político crucial. O presidente palestino, Mahmud Abbás, reafirmou o direito de defesa do povo palestino. Enquanto isso, Israel enfatiza que o objetivo primordial é “limpar” as áreas infiltradas e restaurar a paz nos locais atacados.
Segundo informações das Forças de Defesa de Israel (FDI), uma operação naval foi prontamente realizada para combater “dezenas de terroristas” que buscavam infiltrar-se através da sua zona marítima sul.
A audácia do ataque, ocorrido na manhã de sábado, resultou em uma perseguição naval intensa, onde as forças israelenses não hesitaram em abrir fogo. Este embate resultou na eliminação dos agressores e na destruição de quatro embarcações, incluindo duas lanchas pneumáticas. Para elucidar a situação, as FDI divulgaram um vídeo mostrando a eficácia da operação defensiva.
O porta-voz das FDI, contralmirante Daniel Hagari, revelou anteriormente a complexidade da situação. O Hamas não só tem usado mísseis, mas também realiza incursões por terra, mar e ar, ampliando os desafios defensivos de Israel.
Tel Aviv: sob a mira de mísseis
A atmosfera em Tel Aviv tornou-se ainda mais tensa quando dezenas de mísseis foram lançados em direção à cidade. Mídias locais rapidamente noticiaram a situação, ressaltando a gravidade dos ataques. As sirenes de defesa aérea ecoaram em várias cidades, incluindo Bat Yam, Rishon LeZion e Beer Yaakov, servindo como um sombrio lembrete da iminente ameaça.
Os impactos foram imediatos. Segundo o Haaretz, em Tel Aviv, sete pessoas foram feridas diretamente pelos mísseis. Outras cidades também registraram feridos, como Rishon LeZion e Yavne.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram o caos e o pânico que se instauraram. Em uma das gravações, passageiros recém-chegados no aeroporto de Tel Aviv tiveram que deitar-se no chão da pista, uma cena que ilustra a gravidade da situação.
Os mísseis contra Tel Aviv parecem ser uma retaliação do Hamas, que ameaçou atacar a cidade após o bombardeio de dois arranha-céus na Faixa de Gaza. Segundo fontes, esses edifícios eram utilizados por membros do Hamas.
Repercussão internacional
A realidade triste em qualquer conflito armado é o custo humano. Israel já lamenta a perda de pelo menos 70 de seus cidadãos, com quase 1.000 feridos. Em contrapartida, os números em Gaza são ainda mais alarmantes: 198 mortos e mais de 1.600 feridos.
Este cenário alarmante tem gerado uma série de reações internacionais. A União Europeia, representada por Josep Borrell e Ursula von der Leyen, condenou os ataques do Hamas, classificando-os como “terrorismo em sua forma mais desprezável“. Países como Alemanha, Reino Unido, Croácia, Ucrânia, entre outros, juntamente com os EUA, também se manifestaram sobre a situação.
Moscou, através da porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores russo, Maria Zajárova, expressou profunda preocupação, reiterando que o conflito, que já perdura por 75 anos, só pode ser resolvido por meios diplomáticos, baseando-se no direito internacional que prevê a criação de um Estado palestino independente.