iPhone 12 é realmente prejudicial a saúde dos usuários? Entenda polêmica
Nos próximos dias a Apple deve atualizar o iPhone 12 na França, segundo informações do ministro francês Jean-Noël Barrot, titular da pasta de Transformação Digital. O país suspendeu as vendas do modelo após constatar emissões acima do permitido de ondas eletromagnéticas.
Já no Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) disse que vai se reunir com organismos de certificação e os laboratórios para avaliar uma supervisão do mercado. Órgãos reguladores de Bélgica e Alemanha também informaram que vão revisar o uso do aparelho.
Ondas eletromagnéticas liberadas pelo iphone 12
Pode-se constatar através da Agência Nacional de Frequências (ANFR, que regula as frequências de aparelhos eletrônicos na França) que o iPhone 12 emitia ondas eletromagnéticas acima dos limites estipulados no país. No caso do iPhone 12, a ANFR registrou níveis de emissão e possível absorção pelo corpo humano atingindo 5,74 watts por quilograma (W/kg). Enquanto o limite é fixado em 4 W/kg.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “até o momento, não há evidências de que a exposição a campos eletromagnéticos de baixa intensidade seja prejudicial para a saúde humana”. E ainda, a própria ANFR informou que essa não conformidade não era motivo para um recall imediato do produto. O que indica que não há risco à saúde.
Ao jornal “Le Monde”, a Apple, que lançou o iPhone 15 na terça-feira (12), afirmou que se trata apenas de “um protocolo de teste específico utilizado pelos reguladores franceses e não a um problema de segurança”. A empresa acrescentou que “desde o seu lançamento em 2020, o iPhone 12 foi certificado e reconhecido como estando em conformidade. Com todas as regulamentações e normas SAR (Taxa de Absorção Específica) aplicáveis em todo o mundo.”
A Apple informou ao governo francês que vai atualizar seu aparelho no país. Se isso não ocorrer nos próximos dias, a França poderá determinar um recall do modelo nas lojas de todo o território nacional.