Professores da Ufersa decidem aderir à greve
Outras instituições no Rio Grande do Norte, como a UFRN e o IFRN, já estão em greve há mais de 50 dias.
Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (4), os professores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) decidiram aderir à greve geral. A decisão foi confirmada pela Associação dos Docentes da universidade (Adufersa).
A votação, que contou com a participação de docentes dos quatro campi da universidade, teve um resultado de 195 votos a favor da greve, 94 contra e sete abstenções.
Além da Ufersa, outras instituições no Rio Grande do Norte, como a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), estão em greve há mais de 50 dias. A greve na Ufersa está programada para começar na próxima segunda-feira (10), e um Comando Local de Greve será formado para organizar as ações de mobilização no estado.
Reivindicações dos professores em greve
Reajuste Salarial
- Rejeição do reajuste de 0% em 2024.
- Proposta de reajuste de 3,69% em agosto de 2024 (baseado no índice acumulado do IPCA por 12 meses, até abril de 2024), 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026.
- Aplicação de reajuste linear, sem alterações nos “steps”.
Orçamento
- Recomposição orçamentária para as Instituições Federais de Ensino (IFEs) de no mínimo R$ 2,5 bilhões em 2024.
- Retorno aos valores de 2016, ajustados pela inflação.
Aposentadoria
- Garantia de paridade entre servidores ativos e aposentados.
- Reposicionamento dos aposentados na posição correspondente ao teto da carreira no momento da aposentadoria.
Carreira
- Instituição da Mesa Permanente para Assuntos de Carreira.
A Adufersa destacou a importância dessas reivindicações para a valorização e manutenção da qualidade do ensino nas instituições federais. “Estamos lutando não apenas por melhorias salariais, mas também por condições dignas de trabalho e pela qualidade da educação pública“, afirmou um dos representantes da associação.
Com a decisão pela greve, os professores da Ufersa se unem a um movimento nacional que busca chamar a atenção do governo para as demandas do setor de educação. A greve, que deve paralisar atividades acadêmicas e administrativas, visa pressionar por respostas e negociações efetivas em relação às reivindicações apresentadas.