Professores da UFRN continuam em greve por tempo indeterminado
A greve afeta aproximadamente 52,7 mil alunos, de graduação, pós-graduação e cursos técnicos. As principais demandas incluem a reestruturação das carreiras do Magistério e reajuste salarial linear.
Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) seguem em greve por tempo indeterminado. A decisão pela continuidade do movimento foi aprovada por ampla maioria em assembleia extraordinária nesta quarta-feira (24), com a presença de mais de 340 docentes. O encontro foi realizado tanto presencialmente, no auditório Otto de Brito Guerra da reitoria, quanto de forma virtual através da plataforma Zoom.
Durante a reunião, os professores decidiram rejeitar a última proposta do Governo Federal, apresentada na 4ª Reunião da Mesa Específica e Temporária da Área da Educação, ocorrida no dia 19. “Apesar de apresentar algum avanço, a proposta pode ser melhorada“, afirmou Oswaldo Negrão, presidente do ADURN-Sindicato. Ele destacou que a greve tem um papel crucial para pressionar por melhores condições nas negociações com o governo.
Além disso, foi aprovada uma solicitação para que o comando de greve docente peça à reitoria a suspensão do calendário acadêmico. Espera-se que, nesta quinta-feira (25), professores e alunos participem de um ato organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), que ocorrerá às 14h no pátio da reitoria, para reforçar essa demanda.
A greve afeta aproximadamente 52,7 mil alunos, de graduação, pós-graduação e cursos técnicos. As principais demandas incluem a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), além de um reajuste salarial linear de 7,06% anual, totalizando 22,8% em três anos.
Segundo a PROIFES-Federação, está proposto um aumento nas carreiras que inclui incrementos de 9,39% em 2024, 6,82% em 2025, e mais 6,82% em 2026, somando um total de 23,03% de ajuste salarial.
Contrariando a postura do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), a UFRN decidiu manter seu calendário acadêmico ativo, sem previsão de cancelamentos ou mudanças imediatas devido à paralisação.