Língua Portuguesa: confira quais os temas mais abordados no Enem nos últimos cinco anos
Para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é essencial uma preparação adequada como descanso, alimentação e horas de estudos para a garantia de bons resultados. De acordo com o assessor de Língua Portuguesa e Redação do Sistema Positivo de Ensino, Fábio Gusmão, é importante conhecer os temas mais frequentes para ter mais segurança sobre eles.
“Mais que apenas estudar, é preciso saber o que estudar. Priorizar os assuntos que são mais cobrados pode ajudar a garantir que o estudante esteja seguro sobre esses assuntos e, assim, acerte boa parte das questões”, destaca. Confira quais os principais conteúdos do Enem na prova de Língua Portuguesa nos últimos anos:
Interpretação de texto verbal e não verbal – trata-se, basicamente, de ler um texto proposto pelo exame e responder a questões relacionadas a ele. Aqui, as questões podem trazer textos verbais ou tirinhas. Desenhos, obras de arte. Cabe ao estudante interpretar essas obras e falar sobre elas nas questões subsequentes.
Gêneros textuais – propagandas, receitas, cartas e relatos de viagem são apenas alguns exemplos dos diferentes gêneros textuais existentes. Esse é um dos temas mais cobrados no Enem, de modo que, para realizar uma boa prova, é importante conhecer esses gêneros.
Variações linguísticas – o estudo das diferentes formas como uma língua pode se apresentar de acordo com fatores como a região e as condições sociais, por exemplo, está presente em boa parte das provas do Enem dos últimos anos.
Funções da linguagem – função, poética, referencial, metalinguística, fática e conativa. As seis funções da linguagem nada mais são que as diferentes formas de utilizá-la, de acordo com a intenção de quem fala. Elas estão presentes em uma parcela considerável das questões do Enem nos últimos cinco anos.
Figuras de linguagem – os recursos expressivos chamados de figuras de linguagem são parte não apenas do Enem, mas do cotidiano de todo falante da Língua Portuguesa. Saber quais são eles e como usá-los é indispensável para quem quer obter uma nota significativa em Língua Portuguesa.
Para Gusmão, além de um bom conhecimento dos conceitos e de como eles se relacionam com a Língua Portuguesa, é preciso que os candidatos tenham um vasto repertório cultural para realizar uma boa prova. “Nosso levantamento mostra que saber ler e interpretar textos é fundamental para o Enem. E isso só é possível para quem tem o costume de ler muito, ver filmes. frequentar museus e eventos de arte, enfim, construir um bom repertório no dia a dia”, completa.
Veja outros assuntos dentro da Língua Portuguesa
A prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias é composta pelas disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura, Artes, Educação Física, Língua Estrangeira e Tecnologias da Informação e Comunicação. Segundo a editora de conteúdo de Linguagens da Conquista Solução Educacional, Jéssica Gonçalves de Lima, o principal objetivo dessa área do exame é consolidar os conhecimentos dos candidatos acerca do uso das diferentes linguagens na sociedade. Para isso, é importante manter-se informado sobre as principais notícias relacionadas a esses temas. Ela elencou alguns assuntos atuais que podem ser cobrados nessa prova.
Inteligência artificial – ChatGPT e criação de imagens
O ChatGPT é um programa de inteligência artificial projetado para compreender e gerar textos, responder a perguntas e fornecer informações. “Apesar de muitas vezes não apresentar dados muito precisos, a plataforma tem sido amplamente utilizada ao redor do mundo para diferentes tipos de atividades”, aponta. Para entender melhor sobre o assunto. Jéssica indica reportagens jornalísticas sobre o tema e a leitura dos artigos “ChatGPT: o robô que mostra como a inteligência artificial pode revolucionar as nossas vidas”. Publicado no Jornal da USP, e o “ChatGPT e o medo da Inteligência Artificial”, publicado pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Importante lembrar também que, apesar de ter sido usado como sinônimo de inteligência artificial, o ChatGPT é apenas uma das plataformas que utilizam inteligência artificial.
A especialista também aponta que existem programas que permitem a criação de imagens realistas e ilustrações com o uso de comandos por escrito ou palavras-chave, como as imagens que circularam pela internet há alguns meses. Como a da Mona Lisa ganhando vida, por exemplo. “O artigo ‘A criação de imagens com inteligência artificial suscita polêmicas’, publicado no Jornal da USP, pode ajudar a aprender mais sobre o assunto”, finaliza.
Linguagem neutra
Um debate bastante presente na atualidade, a linguagem neutra tem o objetivo de representar as pessoas que não se identificam com os gêneros masculino ou feminino. “É possível aprender mais sobre o assunto acessando as notícias e reportagens que são veiculadas em jornais e revistas de grande circulação”, recomenda. Lembrando que muitas publicações apresentam opiniões divergentes sobre o tema. Recentemente, o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) declarou que não é hora de alterar a Língua Portuguesa para incluir a linguagem neutra, o que amplifica o debate na sociedade.
Exposições imersivas
Jéssica revela que essas exposições estão ganhando cada vez mais espaço na atualidade. “As obras dos artistas expostos são recriadas a partir de recursos tecnológicos como a projeção, e permitem que as pessoas se sintam parte da obra”, explica, que sugere o acesso a notícias e reportagens para aprender mais sobre o tema, e, se possível, participar de alguma exposição desse tipo.
Algoritmos e assistentes virtuais
As tecnologias digitais estão em constante crescimento na vida dos usuários de aparelhos eletrônicos. É possível acender luzes e abrir cortinas com um único comando para os assistentes virtuais que, de certa forma, “aprendem” a rotina do usuário. “Esse ‘aprendizado’ se deve muitas vezes aos algoritmos, que utilizam informações captadas pelo histórico de buscas e acessos dos usuários na internet”, detalha Jéssica. Que indica o artigo “Análise com assistentes virtuais inteligentes: Um estudo de caso com o Google Assistente”, publicado na Revista Novas Tecnologias na Educação, da UFRGS, para entender melhor sobre o assunto.