Conheça o golpe que desvia dinheiro do Pix pelo celular
O avanço da tecnologia tem seus benefícios e seus desafios. Um deles é a crescente sofisticação dos golpes cibernéticos. Recentemente, um novo tipo de golpe envolvendo o sistema de pagamentos Pix, tem causado preocupação e temor entre os brasileiros. Este golpe específico tem como alvo o sistema de transferência bancária instantânea, e já impactou mais de 6.300 pessoas em nosso país desde o início de 2023.
A dinâmica desse golpe se concentra no uso de um trojan, um tipo de vírus conhecido como cavalo de Troia. Este vírus se infiltra no celular da vítima quando um aplicativo infectado é baixado ou quando links duvidosos são clicados. Apps de jogos, por exemplo, têm sido identificados como veículos de propagação desse malicioso software.
No entanto, é essencial estar atento: o trojan pode também estar escondido em aplicativos falsos, imitações de apps populares, mensagens SMS ou WhatsApp suspeitas, e até em links disseminados em redes sociais. Clicar neles pode levar à infecção do aparelho.
Como os cibercriminosos operam?
O modus operandi é, de fato, engenhoso. Uma vez instalado, o vírus aguarda que a vítima conceda uma permissão específica de acessibilidade nos celulares Android. Para convencer o usuário, o software malicioso exibe insistentemente uma mensagem solicitando uma “atualização” do aplicativo falso. Sem essa autorização, o golpe não se concretiza.
A etapa seguinte é ainda mais astuta. Quando o indivíduo acessa sua conta bancária para realizar uma transferência via Pix, o vírus entra em ação. A tela é bloqueada, exibindo a mensagem “efetuando transferência“. Durante esse processo, a tela pode parecer lenta, congelar ou até “tremular”. Nesse interim, os golpistas alteram o destinatário e o valor da transferência via Pix.
Fabio Marenghi, analista sênior da Kaspersky no Brasil, esclarece: “Quando a tela retorna para o correntista inserir a senha, a troca já foi efetuada, gerando a sensação de redirecionamento.”
Como se blindar contra este golpe?
A prevenção é a melhor arma contra esse tipo de ameaça. Especialistas são unânimes em aconselhar que não se deve baixar aplicativos fora das lojas oficiais de apps e, principalmente, negar qualquer solicitação de permissão de acessibilidade nos celulares Android.
Além disso, manter um antivírus atualizado no celular é crucial, servindo como barreira extra contra esse e outros tipos de fraudes. Mesmo para aqueles que tomam todas as precauções possíveis, a presença de um antivírus oferece uma camada adicional de segurança.
Em tempos modernos, com a crescente digitalização de serviços e operações bancárias, é vital manter-se informado e protegido. Ameaças como o golpe do Pix reforçam a necessidade de cautela e atenção constantes. Proteja-se, informe-se e não seja a próxima vítima.