Alívio para o bolso: Aneel aciona bandeira verde para o mês de agosto
O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado pela Aneel em 2015 para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (26/7) que a bandeira tarifária será verde em agosto. Com isso, as contas de energia elétrica dos consumidores não terão custo extra no próximo mês.
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, explicou: “No final de junho, houve uma expectativa de menor volume de chuvas para julho, o que se confirmou na maior parte do país. Porém, o volume de chuvas na Região Sul neste mês contribuiu para a definição da bandeira verde em agosto“.
Após julho ter sido marcado pela bandeira amarela, que resultou em um aumento significativo na conta de energia dos brasileiros, a bandeira tarifária volta a ser verde em agosto devido às condições favoráveis para a geração de energia elétrica no país. A bandeira verde esteve em vigor por 26 meses consecutivos, de abril de 2022 a junho de 2024.
Entendendo as bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado pela Aneel em 2015 para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, levando em consideração fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.
O custo das bandeiras tarifárias é calculado multiplicando a quantidade de energia elétrica consumida pelo valor adicional correspondente à cor da bandeira tarifária em vigor. A bandeira amarela custa R$ 18,85/MWh; a bandeira vermelha, patamar 1, custa R$ 44,63/MWh; e o patamar 2, R$ 78,77/MWh.
Com as bandeiras tarifárias, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber que a bandeira está vermelha, por exemplo, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. Pela regra anterior, que previa o repasse apenas nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não podia reagir a um preço mais alto.