Ibovespa fecha em alta de 1,07% e dólar cai quase 1%
O Ibovespa alcança a quinta alta consecutiva, impulsionado pela recuperação dos ativos locais e pela queda nos rendimentos dos Treasuries nos EUA.
O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira (24) com alta de 1,07%, alcançando 122.636,96 pontos. Este movimento marcou a quinta sessão consecutiva de ganhos, refletindo a recuperação dos ativos locais após semanas de perdas. A queda nos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos também contribuiu para esse cenário positivo. No entanto, o giro financeiro do índice permaneceu reduzido.
O volume financeiro negociado no Ibovespa foi de R$ 13,18 bilhões, enquanto na B3 o montante chegou a R$ 17,80 bilhões até as 17h15.
Dólar
O dólar à vista fechou em queda de 0,93%, cotado a R$ 5,39, revertendo parte da depreciação recente do real. Operadores destacaram que essa correção refletiu um ajuste após semanas de desvalorização da moeda brasileira. A melhora no sentimento global também impulsionou o real, que se destacou entre as cinco moedas de melhor performance do dia, conforme o ranking das 33 moedas mais líquidas monitoradas pelo Valor.
No fechamento, o dólar comercial registrou uma queda para R$ 5,3909, após atingir uma mínima de R$ 5,3762 e uma máxima de R$ 5,4372. O euro comercial também recuou, apresentando uma depreciação de 0,51%, fechando a R$ 5,7876.
No exterior, o índice DXY, que avalia a força do dólar frente a uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, caiu 0,31%, atingindo 105,467 pontos por volta das 17h10.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta segunda-feira. A correção acentuada nas ações do setor de tecnologia pressionou os índices S&P 500 e Nasdaq, apesar do desempenho positivo na maioria dos outros setores do mercado acionário americano.
O Dow Jones subiu 0,67%, fechando a 39.411,21 pontos. Em contrapartida, o S&P 500 recuou 0,31%, para 5.447,87 pontos, e o Nasdaq caiu 1,09%, terminando em 17.496,82 pontos.
A recente valorização das ações impulsionadas pelo otimismo em torno da inteligência artificial (IA) sofreu uma correção significativa. A NVidia acumulou sua terceira queda consecutiva, perdendo mais de US$ 400 bilhões em valor de mercado desde o pico na semana passada, com uma retração de 6,68% apenas nesta segunda-feira.
Outras empresas do setor de tecnologia também registraram quedas acentuadas. A Super Micro Computer, que acumulava uma alta de 200% em 2024, caiu 8,65%. Qualcomm e Broadcom também recuaram, com perdas de 5,50% e 3,70%, respectivamente.
Nem mesmo as declarações mais acomodativas de Mary Daly, presidente do Federal Reserve (Fed) de San Francisco, foram suficientes para reverter o pessimismo nas ações de tecnologia. Daly afirmou que o banco central americano precisa equilibrar os riscos entre a meta de pleno emprego e a inflação.
Esses movimentos destacam a volatilidade e as incertezas atuais nos mercados globais, refletindo a complexa interação entre fatores internos e externos que influenciam os ativos financeiros.
