Medicamentos ficam mais caros em todo o Brasil a partir de hoje
As farmácias, por sua vez, possuem a liberdade de implementar o reajuste integralmente ou de maneira fracionada ao longo do ano.
A partir desta segunda-feira, dia 1º de abril, teremos um reajuste autorizado de até 4,5% no preço de medicamentos de uso contínuo, afetando cerca de dez mil apresentações farmacêuticas. Este ajuste, definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), representa um momento de aperto para milhões de brasileiros que dependem desses medicamentos para manutenção de sua saúde.
O percentual de reajuste, determinado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é parte de uma política de ajuste anual que “busca equilibrar os custos de medicamentos no contexto econômico nacional”.
Reajuste de 4,5% tem efeito imediato. Em onze estados, que aprovaram aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), alta nos remédios será ainda maior.
O reajuste em detalhes
De acordo com o Ministério da Saúde, esse percentual de reajuste em medicamentos de uso contínuo* é o menor desde 2020. A CMED esclarece que o reajuste não implica um aumento direto e imediato nos preços ao consumidor, mas estabelece o limite máximo para qualquer ajuste que as farmácias e distribuidoras aplicarem aos medicamentos.
As farmácias, por sua vez, possuem a liberdade de implementar o reajuste integralmente ou de maneira fracionada ao longo do ano. É importante destacar que, antes da aplicação deste aumento, muitas farmácias promoveram descontos e promoções, uma estratégia para aliviar o impacto do reajuste nos consumidores. Contudo, é fundamental que os consumidores estejam atentos às datas de validade dos medicamentos adquiridos em promoção.
*O termo ‘uso contínuo‘ significa que o medicamento deve ser utilizado continuamente enquanto durar o tratamento. Um dos exemplos mais comuns para o tratamento contínuo é o de doenças crônicas.
Estratégias para economizar nos medicamentos
Diante deste cenário, os consumidores podem adotar diversas estratégias para economizar na compra de medicamentos:
- Pesquisa e comparação de preços entre diferentes farmácias podem revelar variações significativas nos valores cobrados.
- Negociação no ponto de venda pode resultar em descontos, especialmente para compras de medicamentos em maior quantidade.
- Optar por medicamentos genéricos, após avaliação e recomendação médica, pode representar uma economia substancial.
- Utilizar programas de assistência farmacêutica, como o Programa Farmácia Popular do Brasil, que oferece medicamentos gratuitos ou com desconto significativo.
O programa Farmácia Popular
O Programa Farmácia Popular merece destaque especial por sua abrangência e impacto. Este programa disponibiliza, gratuitamente ou a preços reduzidos, uma vasta lista de medicamentos essenciais para tratamentos de longo prazo, incluindo, mas não se limitando a:
- Medicamentos para asma, como brometo de ipratrópio e dipropionato de beclometasona;
- Medicamentos para diabetes, como cloridrato de metformina e glibenclamida;
- Medicamentos para hipertensão, como atenolol e losartana potássica.
Além disso, o programa oferece condições especiais para a aquisição de fraldas geriátricas e outros insumos essenciais, proporcionando um alívio significativo no orçamento de famílias brasileiras.
Clube de Vantagens e Fidelidade
Outra dica valiosa para economizar na compra de medicamentos é a participação em clubes de vantagens e programas de fidelidade oferecidos por redes de farmácias. Programas como o Stix e Meu INSS+ permitem acumular pontos que podem ser convertidos em descontos ou até mesmo em medicamentos gratuitos, dependendo do acúmulo de pontos ou das parcerias estabelecidas com programas de saúde.