Desemprego no Brasil recua para 7,9% em julho, menor nível desde 2014
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9% no trimestre móvel terminado em julho.
Já em relação ao trimestre anterior, entre fevereiro e abril, o período traz a redução de desemprego de 0,6 ponto percentual (8,5%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 9,1%. Essa é a menor taxa já registrada para um trimestre encerrado em julho desde 2014, quando foi de 7%.
De acordo com o IBGE essa seria a menor taxa de desemprego desde fevereiro de 2015, mas corrigiu a informação: no trimestre de outubro a dezembro de 2022 a taxa também chegou a 7,9%. Com os resultados apresentados neste trimestre, o número absoluto de desocupados teve baixa de 6,3% contra o trimestre anterior, chegando a 8,5 milhões de pessoas.
São cerca de 573 mil pessoas a menos no contingente de desocupados, comparado também ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo é de 13,8%, ou 1,36 milhão de trabalhadores. Agora sobre as pessoas ocupadas, se teve um crescimento de 1,3% contra o trimestre anterior, passando para 99,3 milhões de brasileiros. Na comparação anual, houve crescimento de 0,7%, somando 669 mil pessoas ao grupo.
Ao fazer uma comparação trimestral, o número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, de acordo com o IBGE. Entre os grupos que puxaram a alta de pessoas ocupadas estão a Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.
Confira os destaques da pesquisa sobre desemprego
- Taxa de desocupação: 7,9%
- População desocupada: 8,5 milhões de pessoas
- População ocupada: 99,3 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,9 milhões
- População desalentada: 3,7 milhões
- Empregados com carteira assinada: 37 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,2 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
- Trabalhadores informais: 38,9 milhões
- Taxa de informalidade: 39,1%
A população ocupada é pressionada pela informalidade
O aumento significativo da população ocupada também foi puxado pelo trabalho informal. De um total de 1,3 milhão de pessoas que passaram a trabalhar no trimestre, 793 mil estão em postos informais de trabalho. O total de informais chegou a 38,9 milhões de pessoas. É uma leve subida em relação aos 38 milhões do trimestre anterior, mas ainda menor do que o recorde da série histórica, de 39,2 milhões de maio a julho de 2022.
“A participação do trabalhador informal aumentou, mas a taxa de informalidade não tem crescimento considerável comparativo porque a população ocupada cresceu como um todo, com o setor público contribuindo para a adição de trabalhadores formais”, afirma Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.
O rendimento real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior em R$ 2.935. No ano, o crescimento foi de 5,1%. Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 286,9 bilhões, recorde da série histórica do IBGE. O resultado subiu 2% frente ao trimestre anterior, e cresceu 6,2% na comparação anual.