Mercado financeiro eleva expectativa do PIB em 2023 para 2,31%

O crescimento da economia brasileira este ano segundo a previsão do mercado financeiro subiu de 2,29% para 2,31%. A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (28) na pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeções para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,33%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente. No primeiro trimestre do ano o PIB cresceu 1,9% na comparação com os três meses imediatamente anteriores.

Na próxima sexta-feira (1) O resultado do segundo trimestre será divulgado através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 4,9% neste ano (considerada a inflação oficial do país). A mesma da semana passada. Já para o ano que vem, a estimativa de inflação ficou em 3,87%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Com isso, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. De acordo com o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%.

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A projeção do mercado financeiro para a inflação do ano que vem também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Mercado financeiro sobre Taxa de juros e Selic

Para que se alcance a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante da forte queda da inflação, Copom do BC, iniciou, neste mês, um ciclo de redução da Selic.

Em agosto de 2020 foi a última vez que o BC tinha diminuído a Selic, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio à contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em março de 2021. Em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Já para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos.

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