Desemprego cai em sete estados e no DF no segundo trimestre, aponta IBGE
Nesta terça-feira (15) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego no Brasil caiu em oito das 27 unidades da federação no segundo trimestre deste ano. Já nos demais estados, a taxa ficou estável. A taxa de desocupação caiu 0,8 ponto percentual e ficou em 8% no segundo trimestre. Quatro das cinco regiões do país registraram queda no indicador, com exceção do Sul, que ficou estável.
De acordo com as informações apresentadas, a queda da taxa de desemprego foi maior no Distrito Federal, que passou de 12% para 8,7%, e no Rio Grande do Norte, de 12,1% para 10,2%. Estados como São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Pará e Mato Grosso, também registraram recuo.
A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE Adriana Beringuy, aponta que todas as unidades da federação registraram tendência de queda, mas essa redução só foi significativa do ponto de vista estatístico em oito delas. O mercado de trabalho voltou a mostrar este ano um padrão de queda do desemprego no segundo trimestre.
No estado mais populoso do país e com o maior contingente de ocupados (23,9 milhões), São Paulo, a taxa de desemprego caiu de 8,5%, no primeiro trimestre, para 7,8% no segundo. Cerca de 2 milhões de pessoas deixaram de procurar trabalho no período, enquanto o número de ocupados ficou estável. A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados.
Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE. Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020.
Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial. É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante.
Nordeste tem maior impacto de desemprego e informalidade
Mesmo com a queda do desemprego no Nordeste, todos os estados nordestinos têm taxas maiores do que a média nacional. Pernambuco tem o maior índice do país, com 14,2%, seguido por Bahia (13,4%). Os dois ficaram estáveis na comparação com os três meses anteriores. Já as menores taxas de desocupação foram registradas em Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3%) e Santa Catarina (3,5%).
De acordo com o IBGE, as regiões Norte e Nordeste também apresentam mais fragilidades no mercado de trabalho informal. Dezesseis estados registraram taxas de informalidade maiores do que a média nacional (39,2%), sendo que todos são do Norte ou do Nordeste.
No Pará, a taxa de informalidade ficou em 58,7%, seguido do Maranhão (57%) e Amazonas (56,8%). Por outro lado, as menores taxas foram observadas em Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%). Essa desigualdade entre as regiões é explicada pelo desenvolvimento econômico de cada região.
No Norte e no Nordeste, muitas atividades do setor do comércio e dos serviços incorporam trabalhadores sem carteira assinada e conta própria sem CNPJ. Já no Sul, há um peso maior das atividades industriais e os serviços são mais diversificados, o que contribui para o emprego de trabalhadores com carteira.