Prévia do PIB do Banco Central tem alta de 0,6% no mês de junho
No mês de junho em linha com a projeção de mercado, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), termômetro do PIB, registrou alta de 0,63%. A média dos analistas apontava para um resultado positivo de 0,6%.
De acordo com o indicador, ao longo do primeiro semestre a economia brasileira teve um desempenho positivo nos primeiros meses, porém, chegou a fechar o mês de maio em queda de 2%. O IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo de cada mês.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 segundo a projeção do BC está em 2,0%, conforme o último relatório de inflação. O motivo citado pelo BC foi a “surpresa positiva” no primeiro trimestre, puxada pelo agronegócio. Apesar dessa elevação, a projeção continua refletindo cenário prospectivo de desaceleração da atividade econômica, em relação ao ano de 2022.
PIB X IBC-Br
Os resultados do IBC-Br são considerados a “prévia do PIB”. Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE. O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária, o que poderia contribuir para o relaxamento dos juros.
Atualmente, a taxa de juros básica está em 13,25% ao ano, após o BC realizar, no começo de agosto, o primeiro corte em três anos.