Bolsa cai novamente e tem maior sequência de baixas desde 1984
O tradicional índice Ibovespa teve uma segunda-feira (14) que vai ficar para a história. Não só porque fechou em declínio pela décima vez seguida, mas porque essa sucessão de quedas não era vista desde fevereiro de 1984. Nesse contexto, vale ressaltar que a bolsa, apesar das adversidades recentes, ainda conseguiu manter uma alta acumulada de 6,45% ao longo do ano.
Já no ambiente cambial, a situação foi marcada por tensões. Ao final do pregão, o dólar aproximou-se da temida marca dos R$ 5. Ao examinar os dados, percebemos um aumento acumulado de quase 5% somente neste mês, embora o ano registre uma queda global de 5,95%.
Surpresas Orientais
Contudo, o susto não veio apenas das terras tupiniquins. Na China, informações sobre a incorporadora Country Garden trouxeram à mente os fantasmas da Evergrande de 2021. A revelação do atraso no pagamento de um título foi o suficiente para renovar temores em relação à robustez da segunda maior economia mundial.
Em solo americano, os investidores não tiveram descanso. Os juros dos cobiçados títulos de dez anos do Tesouro dos EUA atingiram valores que não eram vistos desde novembro. Isso, somado à notícia da aceleração da inflação ao produtor, criou um coquetel de pessimismo.
Crise na América Latina
A situação se tornou ainda mais complicada na América Latina. Resultados de votações primárias na Argentina indicaram uma provável liderança de Javier Milei, candidato de extrema-direita. O resultado? Uma fuga massiva de capitais, levando o Banco Central argentino a medidas extremas para estabilizar a economia.