Tarifa de luz deve subir 6,9% ainda em 2023, diz Aneel

Durante a tarde desta terça-feira (31) o diretor-geral do órgão regulador da Agência Nacional de Energia (Aneel) Sandoval Feitosa, apresentou uma estimativa de que a tarifa de energia elétrica deve subir, em média, 6,9% em 2023.

O pronunciamento foi realizado em uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado. “A tarifa média no Brasil para 2023 tem uma perspectiva de ser reajustada em 6,9%, em média“.

“Tem regiões que têm tarifas maiores“, pontuou. “O Brasil hoje é um país da energia barata, mas tarifa cara“, completou. Os reajustes variam de região para região: no Norte a estimativa é que a tarifa suba, em média, 17,6%. Para o Nordeste, a projeção é de reajuste médio de 7,9%.

Nesse sentido, para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a agência estima aumentos médios de 6,5%, 5,7% e 4,5%, respectivamente. As estimativas para o mês de maio de 2023 é rodeada por incertezas por causa da antecedência de sua realização e da dinâmica das variáveis que compõe os processos tarifários.

Os encargos setoriais cresceram acima do IPCA e IGP-M, índices de inflação, desde 2015, segundo o diretor-geral da Aneel. Ele citou a criação do subsidiômetro, ferramenta digital da Aneel que detalha os subsídios pagos pelos consumidores via conta de luz nos últimos anos.

Perspectivas positivas para 2024 nas tarifas

Segundo Feitosa os consumidores não precisam se preocupar, já que não irão pagar taxa adicional nas contas de luz neste ano, as chamadas bandeiras tarifárias. Assim também, relatou ótimas projeções para o ano de 2024.

“Já estamos desde o ano passado sem acionamento das bandeiras. Este ano não teremos acionamento das bandeiras e temos boas perspectivas para o ano que vem. Isso dá uma melhor percepção para o consumidor”, afirmou na audiência pública.

Na última sexta-feira (26), a agência informou que manteria a bandeira verde no mês de junho, ou seja, sem cobranças adicionais. O patamar está em vigor há mais de um ano, desde abril de 2022, e reflete as boas condições de geração de energia elétrica no País.

Implantado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias indica os custos da geração de energia no País. Assim, o sistema aponta os custos aos consumidores e atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia.