Mercado reduz estimativa de inflação para 5,8% e prevê aumento no PIB em 2023
O mercado financeiro revisou para baixo a estimativa de inflação deste ano, de 6,03% para 5,8%, mas ainda acima da meta definida pelo governo. Além disso, há projeções de crescimento maior no Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
Os economistas que atuam no mercado financeiro fizeram esta redução, no mesmo momento em que começaram a planejar um maior crescimento do índice de atividade.
Tais informações estão presentes no relatório “Focus“, que foi ao ar nesta segunda-feira (22) através do Banco Central. A pesquisa levou em consideração cerca de 100 instituições financeiras na semana anterior sobre as estimativas para a economia.
Ainda que exista essa queda na projeção de inflação do mercado para 2023, ela ainda consegue superar o teto da meta de inflação estabelecida pelo governo. A meta central foi definida em 3,25% pelo CMN – Conselho Monetário Nacional. Além disso, de maneira formal, será levado em consideração o cumprimento em caso de oscilação entre 1,75% e 4,75%.
Caso haja uma confirmação dessa estimativa do mercado financeiro, esse será o terceiro ano consecutivo de estouro da meta de inflação. Em outras palavras, se posicionar acima do teto estabelecido pelo sistema de metas. Em 2022, por exemplo, a inflação obteve a soma de 5,79%.
Vale ressaltar que quanto maior for a inflação menor será o poder de compra do consumidor, especialmente aquelas que possuem salários menores. Afinal, no sentido em que o valor dos produtos aumenta, o salário não acompanha tal crescimento.
Considerando 2024, a estimativa de inflação do mercado financeiro reduziu de 4,15% para 4,13%. Já para o próximo ano, o Conselho Monetário Nacional definiu a meta de inflação de 3%, que pode ser considerada cumprida se houver oscilação entre 1,5% e 4,5%.
Mercado financeiro sobre o PIB
Já o PIB (Produto Interno Bruto) de 2023, obteve a expectativa no mercado financeiro de crescendo de 1,02% para 1,20% na semana passada.
Esse crescimento ocorreu depois que o BC divulgou a conhecida “prévia” do PIB na última semana, inclusive, informou uma alta de 2,40% para o nível de atividade no primeiro semestre deste ano.
Para quem não conhece, o PIB significa a soma de todos os bens e serviços de produção no país. Trata-se de um indicador que realiza o cálculo da evolução da economia.
Por outro lado, em 2024, a estimativa é de redução de 1,38% para 1,30%.
No início de março o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou dados em que o PIB aumentou 2,9% em 2022, contra um aumento de 5% no ano anterior.
Além disso, ainda em março o Ministério da Fazenda deu a previsão de um crescimento do PIB de 1,61% para 2023 e 2, 34% para 2024.
Taxa de juros
A taxa básica de da economia, a Selic, se mantém estável conforme a projeção do mercado financeiro, em 12,50% ao ano para o fim de 2023. Hoje, esse índice encontra- se em 13,75% ao ano.
Já para o final de 2024, a estimativa do mercado para o juro básico da economia ficou em 10% ao ano. Nesse sentido, o mercado estima queda de juro também no próximo ano.