Custo Brasil faz o país perder 1,7 trilhões por ano
Estudo realizado pelo Movimento Brasil Competitivo afirmou que o tempo estimado para uma empresa cumprir com seus impostos é de um total de 62 dias.
Um estudo divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) afirmou que o Custo Brasil (conjunto de dificuldades estruturais e trabalhistas que atrapalham o crescimento do país) consome R$ 1,7 trilhões das empresas por ano.
Esta quantidade representa as despesas adicionais que as empresas tem para conseguir produzir no país, caso façamos uma comparação com a média dos custos de países presentes na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Com isso, ainda em uma primeira edição deste levantamento que aconteceu no ano de 2019, o custo Brasil chegava a pelo menos R$ 1,5 trilhões por ano (correspondendo assim a 22% do PIB do país).
Segundo Rogério Caiuby, conselheiro executivo do MBC: ”Ao longo desses anos, tivemos inflação e outras variáveis que contribuíram para esse aumento nominal. Também não é uma verdade falar que diminuiu, ao passar de 22% para cerca de 20% de representatividade na economia, porque o PIB cresceu de forma mais rápida” .
Ainda segundo o estudo realizado pelo Movimento Brasil Competitivo, o tempo estimado para uma empresa cumprir com seus impostos é de um total de 62 dias. Deste modo, ao ser calculado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, o valor leva em conta todo o ciclo de uma empresa.
Além disso, a apuração concluiu que ao menos 6 dos eixos que foram estudados representam mais de 80% do custo. Sendo assim, dentre os eixos estão:
- financiamento de um negócio
- integração de cadeias produtivas globais
- empregar capital humano
- dispor de infraestrutura
- honraria de tributos
Vale lembrar que o custo é capaz de impactar a operação de empresas dos mais variados portes, além de interferir na competitividade do cenário global, uma vez que torna mais caro os produtos que estão disponíveis para os consumidores. Concomitantemente, compromete as oportunidades de emprego e também os investimentos do Brasil.