[VÍDEO] Polícia Civil prende suspeito de homicídio em João Câmara; advogado é detido por fraude processual
O empresário Éverton Kleyton de Freitas, dono da loja Kleyton Motos, foi assassinado dentro de seu estabelecimento, um dia antes de ser alvo de uma operação policial.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu, nessa quinta-feira (19), um homem de 26 anos suspeito de participação no assassinato do empresário Éverton Kleyton de Freitas. O crime ocorreu em 3 de julho de 2024, em João Câmara, e a ação foi conduzida pela 85ª Delegacia de Polícia da cidade, com apoio da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR/Natal) e do 5º Núcleo de Investigação Qualificada (5º NIQ). A operação, batizada de “Thánatos”, resultou na prisão do suspeito na Vila de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal.
Segundo as investigações, o homem preso teria atuado diretamente na execução do homicídio e seria ligado a uma facção criminosa que opera na região, além de ser envolvido em um grupo de extermínio. O crime chocou a cidade, e a prisão do suspeito representa um avanço importante nas investigações, que ainda estão em curso para identificar outros envolvidos. Além de João Câmara, a rede criminosa teria conexões em municípios vizinhos.
Durante a operação, um advogado de 36 anos também foi detido em flagrante. Ele foi acusado de fraude processual ao tentar destruir dispositivos eletrônicos durante a abordagem policial. Além disso, o advogado já era monitorado eletronicamente devido a outras medidas cautelares. Ele é apontado pela polícia como uma das lideranças de uma facção criminosa que também opera na Vila de Ponta Negra.
A ação policial resultou na apreensão de diversos itens, incluindo drogas, munições, acessórios de armas de fogo, dispositivos eletrônicos e veículos. O mandado de prisão contra o suspeito do homicídio foi expedido pela 2ª Vara da Comarca de João Câmara.
Após a prisão, os dois acusados foram levados para a 85ª Delegacia de Polícia, onde foram submetidos aos procedimentos legais, antes de serem encaminhados ao sistema prisional, onde aguardam as decisões da Justiça.
O crime e suas circunstâncias
O empresário Éverton Kleyton de Freitas, dono da loja Kleyton Motos, foi assassinado dentro de seu estabelecimento, um dia antes de ser alvo de uma operação policial. As primeiras informações apontam que dois homens foram responsáveis pelo crime, utilizando um Hyundai HB20 Sedan, prata para a fuga. As autoridades suspeitam que o crime tenha sido cometido por um grupo de extermínio, considerando o modo de operação dos envolvidos.
Vídeo do momento da prisão
Curiosamente, a própria vítima, Éverton Kleyton, já estava sob investigação por crimes como associação criminosa, adulteração de veículos, estelionato e lavagem de dinheiro. Havia, inclusive, um mandado de busca e apreensão contra ele, reforçando as complexas camadas desse caso.
A operação, nomeada “Thánatos”, faz referência à mitologia grega, onde Thánatos é o deus da morte. Na psicanálise, essa figura simboliza o impulso destrutivo ou o desejo inconsciente pela morte. O nome da operação reflete a seriedade e gravidade do crime investigado.
A Polícia Civil segue com as investigações para capturar os outros indivíduos envolvidos no homicídio. A população pode colaborar fornecendo informações de forma anônima por meio do Disque Denúncia 181. O apoio da comunidade pode ser crucial para resolver o caso.
Possíveis penas para os acusados
Se condenados, os envolvidos no homicídio poderão enfrentar longas penas de reclusão. O crime de homicídio qualificado, por exemplo, prevê uma pena de 12 a 30 anos de prisão, dependendo das circunstâncias agravantes, como a participação em grupo de extermínio ou o vínculo com facções criminosas. Já o advogado, acusado de fraude processual, poderá ser condenado a até 4 anos de prisão, de acordo com o Código Penal Brasileiro.