RN será um dos estados beneficiados com a Margem Equatorial na produção de petróleo
Área de 500 mil km² possui 16 bilhões de barris de petróleo no subsolo e deve promover o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte e estados vizinhos.
O estado do Rio Grande do Norte, juntamente com Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amapá, está prestes a se beneficiar significativamente com a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Esta região estratégica, que se estende por aproximadamente 500 mil km² do litoral potiguar até o Amapá, possui um potencial estimado de 16 bilhões de barris de petróleo em seu subsolo.
“O futuro energético do Brasil tem uma excelente oportunidade de dar um salto de produção na exploração petrolífera e de gás. Isso pode diminuir a dependência de importações e impulsionar a economia do país“, afirma Carlos Logulo, organizador do Oil & Gas Summit, evento que discutirá o potencial econômico da Margem Equatorial em 2025, em Fortaleza.
A Margem Equatorial, também conhecida como Bacia Equatorial, tem um enorme potencial para fomentar o desenvolvimento social e tecnológico das regiões costeiras. A exploração de petróleo gera royalties e tributos que podem ser reinvestidos em infraestrutura, educação e saúde.
“Um aspecto importante é que a atividade exploratória petrolífera demanda mão de obra em diversas áreas, como construção civil, logística e serviços especializados. Isso impulsiona o mercado de trabalho, gera renda e oportunidades. Sem contar que a exploração de petróleo atrai investimentos em portos, aeroportos, estradas e redes de comunicação, ampliando os ganhos para a população“, reforça Carlos Logulo.
Potencial
Os primeiros estudos na região foram realizados na bacia da Foz do Amazonas, no Amapá e na bacia Potiguar, onde foram encontrados indícios de petróleo. Neste ano, a Petrobras anunciou a descoberta de grandes reservas de petróleo no poço exploratório Anhangá, localizado entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte.
Países como a Guiana e o Suriname já estão colhendo benefícios da Margem Equatorial. A Guiana, por exemplo, incorporou 11 bilhões de barris em reservas em aproximadamente uma década, enquanto o Suriname descobriu cerca de 4 bilhões de barris.
“Esses montantes ultrapassam as reservas brasileiras, de 14,8 bilhões de barris. Por isso, o Brasil não pode perder a oportunidade de investir na Margem Equatorial“, avalia Carlos Logulo.
“Somente com os projetos petrolíferos em implantação, a produção nacional vai entrar em declínio a partir de 2032 e o país pode voltar a ser importador líquido de petróleo na década de 2040“, alerta.