Pobreza nos Estados Unidos aumenta e atinge cerca de 12,4% dos habitantes
No ano de 2022, a pobreza nos Estados Unidos (EUA) teve uma alta de extrema relevância, segundo informações apresentadas através do Departamento do Censo. A taxa chamada SPM (Medida de pobreza suplementar) subiu e passou a atingir 12,4% da população, ante 7,8% em 2021, mostram números divulgados nesta terça-feira (12).
A pobreza entre as crianças mais do que dobrou e passou de 5,2% para 12,4%. A situação no país como um todo piorou pela primeira vez desde 2010. Além da renda o indicador SPM (Medida de Pobreza Suplementar)leva em consideração os fatores como diferenças regionais do custo de vida, gastos com remédios e pagamento de impostos, e é usada para a aplicação de programas sociais nos Estados Unidos.
No geral, uma família é considerada pobre nos Estados Unidos se vive em uma casa alugada, com quatro pessoas e tem renda menor do que US$ 34.518 por ano. A inflação no país, que aumentou o custo de vida, também elevou a linha de pobreza: em 2021, o valor desse indicador era de US$ 31.453 anuais.
De acordo com o Departamento do Censo, o aumento da pobreza tem duas razões principais: o fim dos auxílios para as famílias pobres que foram adotados durante a pandemia e a alta do custo de vida, que também veio na esteira da crise da Covid. Houve ainda um terceiro fator: a renda média das famílias, considerando todas as classes sociais, caiu 2,3% em 2022, para US$ 74.580 anuais.
Ao comentar sobre os dados que foram divulgados, a Casa Branca afirmou que os números iniciais de 2023 apontam melhora, pois a inflação vem caindo e o nível de renda das famílias está subindo. Ao mesmo tempo, aponta que a pobreza havia caído muito em 2021 por conta de novos programas de auxílio para crianças pequenas, que não foram renovados pelo Congresso.