Chico Rodrigues vira alvo do Conselho de Ética após esconder dinheiro na cueca
O senador foi flagrado pela Polícia Federal no dia 14 de outubro de 2020 com R$33 mil reais na cueca
Na manhã desta quarta-feira (14) o Conselho de Ética do Senado, abriu um processo contra senador Chico Rodrigues (PSB-RR). Flagrado no ano de 2020 levando dinheiro na cueca.
Essa situação aconteceu enquanto ocorriam buscas da Polícia Federal na residência do senador que desde o fato, nega as ações e afirma ter agido por conta do “medo e pânico“.
Em 2020 foi mostrado e apresentado através dos partidos Rede Sustentabilidade e Cidadania o pedido de abertura do processo. Na descrição é pedida a cassação do mandato do parlamentar.
Para que se tenha tomado a decisão de abertura do processo não foi preciso envolver análise de mérito, ou seja, as acusações em si.
De acordo com Jayme Campos (União Brasil-MT), presidente do conselho a abertura significa o resultado de que os pedidos estão de acordo com os requisitos regimentais que precisam ser realizados.
Confira detalhes sobre o flagrante de Chico Rodrigues
O senador foi flagrado pela PF no dia 14 de outubro de 2020 com R$33 mil reais na cueca. Enquanto policiais federais cumpriam um mandato de busca e apreensão na casa do parlamentar.
Se tratava de uma operação para analisar um possível esquema criminoso de desvio de recursos públicos que agiam no combate ao coronavírus em Roraima.
Na época o senador atuava como vice-líder do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, desde março de 2019. Mas após a grande repercussão deixou o cargo em 15 de outubro do mesmo ano.
O montante de dinheiro na cueca foi descoberto após um dos policiais perceber um volume exagerado em formato retangular na parte traseira das vestes do parlamentar. Com isso, o delegado fez a busca e encontrou R$15 mil próximo as suas nádegas no interior de sua cueca.
Confira os demais casos julgados pela Comissão de Ética
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ) – As representações contra o senador se referem a suposta ligação com milicias do Rio de Janeiro e suposto esquema de rachadinha.
- Cid Gomes (PDT-CE) – Representado por uso de palavras “por demais injuriosas” ao se referir ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
- Jayme Campos (União-MT) – Teria agredido um cidadão que filmava uma entrevista com a então prefeita de Várzea Grande (MT) Lucima, casada com o senador.
- Davi Alcolumbre (União-AP) – suposto extravio de documentos públicos, prevaricação e atos de improbidade administrativa.
- Humberto Costa (PT-PE) – o parlamentar teria tido acesso privilegiado a decisões judiciais.
- Jorge Kajuru (PSB-GO) – As representações contra o senador se referem a divulgação de gastos dos colegas com pedidos de consultoria e por divulgar trecho de uma conversa com o então presidente Jair Bolsonaro.
- Damares Alves (Rep-DF) – representada por suposto uso da máquina pública “como um instrumento para a política etnocida e racista contra os Povos Indígenas e, em particular, contra o Povo Yanomami”.
- Randolfe Rodrigues (Sem partido – AP) – representado por chamar o ex-presidente Jair Bolsonaro de “genocida”, “ladrão”, “criminoso” e “corrupto”.
- Styvenson Valentim (Pode-RN) – representado por publicar material ironizando episódio de violência sofrido pela ex-deputada Joyce Hasselmann.
- Ex-senador Paulo Rocha (PA) – representado por chamar o ex-presidente Jair Bolsonaro de “ditador” e seu governo, de “corrupto, miliciano e genocida”.