Mauro Cid nega envolvimento em falsificação de vacinas

Nesta quinta-feira (18), o tenente-coronel Mauro Cid depôs para a Polícia Federal. Preso há 15 dias atrás justamente por conta dessa investigação, o tenente foi chamado para falar sobre o caso que investiga a possível fraude nos cartões de vacina do ex-presidente Bolsonaro.

Contudo, em seu depoimento, após o tenente ter alegado que não teve acesso ao conteúdo, a Polícia Federal resolveu não insistir nas perguntas.

Relembrando o caso, segundo investigações, foram inseridas irregularmente informações falsas de que Bolsonaro, sua filha e pessoas próximas teriam tomado doses de vacina contra a COVID.

Deste modo, dentre aliados próximos de Bolsonaro, é possível que Mauro Cid tente um acordo de delação premiada para contar o que sabe em troca de ”suavizar” suas punições. Além disso, Cid teria contratado um advogado famoso para ajudá-lo com essa questão.

Bolsonaro visita Senado e fala sobre Mauro Cid

Na tarde de hoje, Bolsonaro visitou o gabinete de seu filho Flávio Bolsonaro e falou com a imprensa. Sendo assim, o ex-presidente foi sucinto, disse que agora o assunto se limitaria a Cid e seu advogado:

”Não tenho conversado com ele. Isso aí está em segredo de Justiça. Apesar de vazar, está em segredo de Justiça. O que eu vi agora no rodapé de uma TV é que ele ficou em silêncio. Isso é ele com o advogado dele“, relatou Jair Bolsonaro.

Bolsonaro disse que torce para que Mauro Cid não tenha cometido nenhum erro, para que assim cada um possa seguir sua vida. Além disso, comentou brevemente sobre a polêmica da vacinação: ”Falando de vacina minha, não tinha exigência de eu entrar nos Estados Unidos e estar vacinado’‘.

Relembre o começo do caso, até chegar o ponto atual

• Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi preso semanas atrás, no dia 3 de maio, devido uma investigação sobre a possível inserção de dados falsos a respeito da vacinação da COVID-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro.
• Durante a apuração, foram encontrados os totais de US$ 35 mil e R$ 16 mil em espécie, no cofre da casa do militar. Com isso, Mauro Cid vem sendo investigado também por lavagem de dinheiro.
• Além disso, Cid também está envolvido nos casos das joias avaliadas em R$ 16,5 milhões que Bolsonaro trouxe de maneira ilegal para o Brasil e envolvido no caso das joias
• Cid trocou mensagens com a esposa de Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, e informou a ex-primeira dama sobre as transferências bancárias para sua conta.