Dólar fecha abaixo de R$ 4,90 pela primeira vez em quase um ano
Queda segue impulsionada por otimismo sobre o teto da dívida dos EUA e perspectivas favoráveis da economia brasileira
O dólar encerrou o pregão desta segunda-feira (15) em queda, atingindo o menor valor em quase um ano, impulsionado pelo otimismo do mercado em relação ao teto da dívida dos Estados Unidos. Os investidores também estão analisando os dados divulgados no último Boletim Focus, do Banco Central do Brasil, que reúne as expectativas econômicas de diversos especialistas.
No fechamento, a moeda norte-americana registrou uma queda de 0,73%, sendo cotada a R$ 4,8876, o menor patamar desde junho do ano passado. Na sexta-feira passada, o dólar já havia apresentado uma queda de 0,25%, fechando a semana com uma baixa de 0,40%. No acumulado, a moeda apresenta quedas de 2,00% no mês e 7,40% no ano.
O principal destaque do dia nos mercados internacionais é a renegociação do teto da dívida dos Estados Unidos. O presidente Joe Biden está otimista em relação a um acordo para aumentar o limite de empréstimos do país e deve se reunir com líderes do Congresso nesta semana. Analistas acreditam que haverá progresso nas negociações e veem com bons olhos o encontro entre Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy.
Outro fator que influencia o mercado é a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, interrompa o ciclo de altas de juros em breve. Isso beneficia moedas de países emergentes, como o real brasileiro. Na Europa, a produção industrial da zona do euro apresentou queda acima do esperado em março.
No cenário nacional, destaca-se o aumento das projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicando que a inflação oficial do país em 2023 pode superar a meta estabelecida pelo governo. As estimativas para a inflação em 2024, no entanto, apresentaram uma leve queda.
Os investidores também estão aguardando a apresentação do parecer do arcabouço fiscal pelo relator Cláudio Cajado, que deve ocorrer ainda hoje. Essas notícias e eventos têm impacto nos mercados e nos rumos da economia nacional.