Após eliminação, goleiro do América sofre ataque racista nas redes sociais: “preto, macaco”
A agressão sofrida por Renan Bragança não é um caso isolado, mas parte de um problema persistente no futebol e na sociedade.
O goleiro Renan Bragança, do América-RN, foi vítima de ataques racistas nas redes sociais após a eliminação do seu time na Série D do Campeonato Brasileiro. A equipe foi derrotada nas penalidades pelo Retrô/PE, em Pernambuco, no último domingo (4). Renan recebeu mensagens ofensivas, incluindo termos como “preto macaco”, de um perfil no Instagram identificado como Glenda.
Em um dos ataques, a usuária escreveu: “Deixa de ser ruim, lixo. Deixa o outro goleiro jogar, feio, preto, macaco“. No Brasil, o racismo é um crime grave.
Conforme a Lei 7.716/1989, o racismo é punível com reclusão de um a três anos e multa. Além disso, a injúria racial, prevista no artigo 140 do Código Penal, pode resultar em pena de um a três anos de prisão e multa.
Renan, em um desabafo em suas redes sociais, expressou sua indignação. “Aceito todo tipo de crítica, todos têm seu livre arbítrio. Mas isso é passar dos limites“, declarou o goleiro, deixando claro que, apesar de críticas serem normais, o racismo ultrapassa qualquer limite aceitável.
Durante a partida contra o Retrô/PE, Renan foi o principal destaque do América, realizando defesas importantes que levaram o jogo para os pênaltis. Na disputa de penalidades, ele defendeu uma cobrança, mas a equipe acabou eliminada após Gustavo Ramos ter seu chute defendido por Darley, do Retrô.
A agressão sofrida por Renan Bragança não é um caso isolado, mas parte de um problema persistente no futebol e na sociedade. O racismo continua sendo uma questão urgente a ser enfrentada, tanto nos estádios quanto fora deles. A luta contra o racismo no esporte brasileiro exige esforços constantes e medidas eficazes para erradicar esse comportamento inaceitável.