Rússia inicia exercícios com armas nucleares não estratégicas
O Ministério da Defesa da Rússia iniciou exercícios com armas nucleares não estratégicas para manter prontidão militar e "reforçar soberania frente a ameaças ocidentais".
Nesta terça-feira (21), o Ministério da Defesa da Rússia anunciou o início da primeira fase de exercícios focados na preparação e uso de armas nucleares não estratégicas. O objetivo desses exercícios é manter a prontidão do pessoal militar russo e assegurar a integridade territorial e a soberania do Estado russo frente a “declarações provocativas e ameaças de certos oficiais ocidentais”.
Os exercícios estão sendo conduzidos no Distrito Militar do Sul e supervisionados pelo Estado-Maior das Forças Armadas da Federação Russa. Durante esta fase, o pessoal das formações de mísseis está praticando tarefas de treinamento de combate que incluem a obtenção de munições especiais para o sistema de mísseis tático-operativo Iskander, o equipamento desses mísseis com as referidas munições e o deslocamento encoberto para a zona de posição designada para preparar o lançamento dos mísseis.
Paralelamente, o pessoal das unidades de aviação das Forças Aéreas e Espaciais da Rússia envolvidas no exercício está praticando o equipar de ogivas especiais em armas aéreas de destruição, incluindo mísseis hipersônicos Kinzhal, e realizando voos para as áreas de patrulha designadas.
De acordo com o comunicado do Ministério da Defesa, o exercício tem como finalidade principal a manutenção da preparação do pessoal militar e da técnica das unidades de aplicação de combate de armas nucleares não estratégicas.
O uso de armas nucleares não estratégicas é um tema sensível no cenário internacional, principalmente devido ao potencial de escalada que envolve. Essas armas, embora menos poderosas que os arsenais estratégicos, possuem um significativo poder de destruição e são projetadas para uso em campos de batalha ou em alvos táticos específicos.
As recentes movimentações da Rússia ocorrem em um contexto de crescente tensão entre Moscou e o Ocidente, especialmente em relação a questões geopolíticas e de segurança. A retórica de ambos os lados tem se intensificado, com a OTAN e países ocidentais expressando preocupação com o expansionismo militar russo e a situação na Ucrânia.