Novo valor do salário mínimo passa a ser pago nesta semana
O trabalhador brasileiro terá um motivo a mais para comemorar o novo ano, nesta quinta-feira (01), o pagamento do novo valor do salário mínimo já será percebido de forma efetiva no país. Em 2024, o salário mínimo que antes era de R$ 1.320 passará a ser de R$ 1.412, um aumento efetivo de 7%, o que equivale a R$ 92 a mais.
O reajuste no salário mínimo não impacta apenas o trabalhador, mas toda economia do país. Benefícios como seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), estão entre os que são balizados pelo valor mínimo pago ao trabalhador. Além disso, vales transportes e alimentação também costumam ser impactados pela medida.
O aumento no salário mínimo também tende a impactar ajustes no valor médio de salário recebido pelos trabalhadores brasileiros. A expectativa é de que a mudança possa manter o poder de compra, principalmente em relação aos itens da chamada cesta básica.
Para efeito de comparação, com o novo valor é possível comprar praticamente duas cestas básicas. Hoje o custo médio é de R$ 772,51 no Brasil, em Natal no RN, o valor é um pouco mais baixo, cerca de R$ 556,06, de acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O novo valor inclui a inflação dos últimos 12 meses, até novembro, de 3,85% e mais três pontos percentuais, em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto do País (PIB) em 2022. O aumento no salário mínimo estava vigente desde o primeiro dia do ano, contudo só após 30 dias os trabalhadores brasileiros em sua maioria recebem e efetivamente percebem a mudança que também aparece no contracheque.
Novo valor do salário mínimo
De acordo com o Dieese, 59,3 milhões de pessoas têm no salário mínimo, a referência para sua renda mensal. Deste modo, o reajuste pode resultar em uma elevação da renda anual de R$ 69,9 bilhões.
O reajuste no salário mínimo é baseado em uma medida instituída em 2007 e transformada em lei em 2011, apesar disso a medida foi interrompida durante os anos de 2019 a 2022. Aliada a outras iniciativas, a valorização do salário mínimo é vista pelo Governo como um dos elementos responsáveis por “tirar o País do Mapa da Fome“.
Em nota técnica, o Dieese argumenta que, ao elevar o piso nacional, a política contribui para reduzir as desigualdades salariais entre homens e mulheres, negros e brancos e entre regiões do Brasil. Além disso, a iniciativa também impacta positivamente os reajustes dos pisos salariais de outras categorias de trabalhadores, mesmo para aqueles que recebem acima de um salário mínimo.