Água mineral terá reajuste de até 15% no Rio Grande do Norte
O Rio Grande do Norte, a partir de outubro, passará por um reajuste nos preços da água mineral. Uma bebida essencial e consumida diariamente por milhares de famílias potiguares, sofre com constantes ajustes na produção, o que leva a alterações em seu valor de mercado. Mas, qual a razão por trás dessas mudanças e como isso pode afetar o bolso do consumidor final?
Segundo o Sindicato das Indústrias de cervejas, refrigerantes, águas minerais e bebidas em geral do Rio Grande do Norte (Sicramirn), a partir do dia 01 de outubro, o produto água mineral sofrerá um reajuste em torno de 10% a 15%. Consequentemente, o preço do garrafão de 20L poderá variar entre R$8 a R$12, dependendo da marca. Um incremento considerável, dada a essencialidade do produto.
O presidente do Sicramirn, Joafran Nobre, lembra que o último reajuste foi realizado há cerca de um ano e meio. Naquela ocasião, o aumento foi de aproximadamente 5%. No entanto, a justificativa para o novo aumento está na defasagem acumulada ao longo do tempo, chegando ao ponto de questionar a sustentabilidade das empresas do setor.
O impacto da cadeia produtiva
A água mineral, diferente de outros produtos, precisa manter sua qualidade desde sua extração até o envase. Para Nobre, isso representa uma série de processos e controles que necessitam de investimento contínuo. Adicionalmente, a cadeia produtiva enfrenta reajustes constantes de insumos, custos com combustíveis, devido ao transporte rodoviário e reajustes salariais. Todos esses fatores impactam diretamente o custo final da água mineral.
Embora o aumento possa pesar no bolso do consumidor, a qualidade do produto não pode ser comprometida. Joafran reforça a importância de manter a qualidade do produto, desde a coleta no poço até o envase, garantindo que o produto final esteja de acordo com padrões físicos, químicos e microbiológicos.
A influência do dólar
Não podemos esquecer da influência externa na produção da água mineral. Insumos como rótulos, tampas e garrafões possuem seus preços indexados ao dólar. O reajuste no preço da moeda americana impacta diretamente no custo de produção da água mineral, afetando assim, o preço para o consumidor final.
“Os valores praticados variam de empresa para empresa, já que cada uma possui sua própria planilha de custos, sendo que a distância das fontes aos pontos de entrega é determinante, também, para a definição do custo final. De todo modo, trabalhamos para assegurar a constância, o zelo e a preservação da qualidade da água consumida pelas famílias potiguares”, finaliza Joafran.