A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) anunciou nesta quarta-feira (11) a confirmação do primeiro caso de febre Oropouche no estado. A paciente é uma mulher idosa, moradora do município de Parnamirim, que apresentou os sintomas no final de agosto. Felizmente, o quadro clínico não se agravou e ela recebeu atendimento em um hospital particular da capital, sem necessidade de internação.
Embora este seja o primeiro registro da doença no estado, a Sesap tranquiliza a população ao afirmar que o caso não representa um sinal de alerta ou emergência. Diana Rego, coordenadora de vigilância em saúde da secretaria, reforçou que a febre Oropouche é uma arbovirose, assim como a dengue, zika e chikungunya, sendo transmitida por um inseto conhecido como maruim. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares e desconforto na região atrás dos olhos.
O Ministério da Saúde já havia alertado que o Brasil enfrenta um aumento no número de casos de febre Oropouche, e até o momento, o Rio Grande do Norte era um dos cinco estados sem registros da doença. Com essa confirmação, o estado deixa de ser o único no Nordeste sem casos da febre. O maruim, vetor da doença, é geralmente encontrado em áreas rurais, em locais como regiões de mangue, valas com água parada e áreas com grande acúmulo de lixo orgânico.
Até o dia 11 de setembro, 17 casos suspeitos de febre Oropouche haviam sido notificados no estado, sendo que nove ainda estão em fase de investigação. O Laboratório Central do RN (Lacen-RN) já analisou mais de mil amostras para identificar a presença do vírus. A Sesap segue monitorando de perto todos os casos suspeitos e emitiu um alerta aos serviços de saúde em todo o estado, pedindo atenção redobrada, especialmente no cuidado de gestantes e idosos.
A confirmação do primeiro caso reforça a necessidade de ações preventivas e educativas para evitar a proliferação do maruim. Medidas simples, como o descarte adequado de lixo e a limpeza de áreas com acúmulo de água, são essenciais para evitar a reprodução do inseto e, consequentemente, a transmissão da febre Oropouche. A população deve estar atenta aos sinais e buscar atendimento médico ao apresentar os sintomas.
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