A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na sexta-feira (22) a manutenção do status de emergência de saúde pública de importância internacional para a mpox. A decisão, tomada após reunião do comitê de emergência, foi comunicada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em sua conta na rede social X. Segundo ele, “Minha decisão baseia-se no número crescente e na contínua dispersão geográfica dos casos, nos desafios operacionais e na necessidade de montar e sustentar uma resposta coesa entre países e parceiros”.
O diretor-geral fez um apelo à comunidade internacional: “Apelo aos países afetados para que intensifiquem suas respostas e para que a solidariedade da comunidade internacional nos ajude a acabar com os surtos”. A declaração reforça a gravidade da situação e a necessidade de uma ação global coordenada para conter a propagação do vírus.
A OMS já havia declarado a mpox como emergência global em julho de 2022, em resposta a um surto que atingiu diversos países. Em agosto do mesmo ano, a situação na República Democrática do Congo, onde surtos de mpox são reportados há mais de uma década, também foi classificada como emergência, devido ao risco de disseminação global e a possibilidade de uma nova pandemia. Este é o mais alto nível de alerta da organização.
Em coletiva de imprensa realizada em Genebra, Tedros Adhanom Ghebreyesus destacou o aumento das infecções nos últimos anos na República Democrática do Congo, enfatizando a necessidade de uma resposta internacional consistente. A decisão de manter o alerta demonstra a preocupação contínua da OMS com a persistência da doença e a necessidade de esforços contínuos para controlar sua disseminação.
A doença: A mpox é uma doença viral zoonótica, o que significa que pode ser transmitida de animais para humanos. A transmissão pode ocorrer pelo contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas e materiais contaminados. Os sintomas incluem uma variedade de manifestações, frequentemente iniciando com febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. Um dos sintomas mais característicos é o desenvolvimento de erupções cutâneas ou lesões de pele, que podem ser planas ou levemente elevadas, contendo líquido claro ou amarelado e posteriormente formando crostas que secam e caem.
O número de lesões pode variar significativamente, de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar em áreas como o rosto, palmas das mãos e plantas dos pés, mas podem surgir em qualquer parte do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e ânus. A gravidade da doença e o curso da infecção variam de pessoa para pessoa, exigindo vigilância e atenção médica adequada. A OMS continua a monitorar a situação globalmente e a coordenar esforços para controlar a disseminação da mpox.
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