O câncer de estômago ocupa o preocupante posto de segunda maior causa de mortes por câncer na região da Grande Natal, conforme dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Em todo o Rio Grande do Norte, a doença aparece em sétimo lugar entre os tipos de câncer mais diagnosticados, segundo o levantamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, a origem do câncer de estômago está associada a fatores internos e externos. Entre os externos, destacam-se os hábitos alimentares inadequados, como o consumo excessivo de sal e alimentos defumados, além do tabagismo e da infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), que contribui para inflamações gástricas crônicas. No âmbito interno, estão predisposições genéticas e condições pré-existentes, como pólipos estomacais.
Especialistas recomendam adotar medidas preventivas, como uma dieta rica em frutas e vegetais frescos, evitar alimentos processados e defumados, e abolir o uso de cigarro. Essas ações são fundamentais para reduzir os riscos de desenvolver a doença.
Tipos de câncer de estômago
O câncer de estômago se divide principalmente em dois tipos: intestinal e difuso.
- O câncer intestinal é mais comum em homens mais velhos e frequentemente está relacionado a lesões pré-cancerígenas, como aquelas causadas pela infecção por H. pylori.
- O câncer difuso, por sua vez, é mais agressivo e afeta tanto homens quanto mulheres jovens. Ele costuma estar relacionado a mutações genéticas, como as do gene CDH1, e não apresenta lesões prévias aparentes.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas iniciais do câncer de estômago são frequentemente inespecíficos, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Fadiga, perda de apetite e desconforto abdominal persistente são sinais iniciais que, muitas vezes, passam despercebidos. À medida que a doença avança, os sintomas incluem vômitos com sangue, presença de sangue nas fezes ou fezes escurecidas.
O exame mais eficaz para detectar a doença é a endoscopia digestiva alta, que permite visualizar lesões e realizar biópsias. Em casos mais avançados, exames complementares, como tomografia computadorizada e laparoscopia, ajudam a avaliar a extensão do tumor.
Tratamentos disponíveis
O tratamento do câncer de estômago varia de acordo com o estágio da doença e as condições de saúde do paciente. Nos estágios iniciais, a cirurgia é a principal abordagem, podendo envolver a remoção parcial ou total do estômago.
Nos casos mais avançados, combinações de quimioterapia, radioterapia e terapias-alvo são frequentemente utilizadas. A quimioterapia pode ser empregada para reduzir o tumor antes da cirurgia ou eliminar células cancerígenas remanescentes após o procedimento. Já a radioterapia auxilia no alívio de sintomas em situações mais graves e sem possibilidades curativas.
A alta taxa de mortalidade associada ao câncer de estômago reflete a necessidade de diagnóstico precoce e maior conscientização sobre os fatores de risco. Consultas médicas regulares, especialmente para aqueles com histórico familiar ou sintomas persistentes, são essenciais para detectar a doença em sua fase inicial, quando as chances de sucesso no tratamento são maiores.
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