A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados realizou, na quinta-feira (5), uma audiência pública para discutir o lipedema, doença que afeta principalmente mulheres e se caracteriza pelo acúmulo anormal de gordura nos braços e pernas, causando dor intensa, sensibilidade exacerbada e limitação da mobilidade.
A iniciativa partiu de um requerimento da deputada Coronel Fernanda (PL-MT), que destacou a urgência em se abordar a questão do acesso ao tratamento adequado para essa condição. Segundo a parlamentar, o lipedema impacta significativamente a qualidade de vida das pacientes, afetando não só a saúde física, mas também a saúde mental.
“O impacto dessa condição vai além das questões físicas, contribuindo para o desenvolvimento de distúrbios de saúde mental, como depressão e ansiedade, devido à insatisfação com a aparência física”, afirmou a deputada Coronel Fernanda.
A deputada também enfatizou a ausência de tratamento para lipedema no Sistema Único de Saúde (SUS), o que dificulta o acesso a diagnósticos precisos e a acompanhamento médico especializado, especialmente para mulheres de baixa renda. “A inclusão do tratamento do lipedema no SUS é necessária para garantir que todos os pacientes, independentemente de sua condição socioeconômica, tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade”, defendeu.
O debate, realizado no plenário 14 a partir das 10 horas, contou com a participação de especialistas e representantes de associações de pacientes. A audiência teve como objetivo principal conscientizar sobre a doença e buscar soluções para melhorar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento adequado. Uma lista de convidados foi divulgada pela Câmara, mas não há informações sobre seus nomes ou conteúdo de suas intervenções na audiência.
O lipedema, doença crônica, progressiva e debilitante, frequentemente impacta a mobilidade e a autoestima das pacientes. A falta de recursos e o diagnóstico tardio contribuem para o agravamento da condição, impactando a saúde física e mental das mulheres afetadas. A ausência de cobertura pelo SUS representa um obstáculo significativo para o acesso a tratamentos eficazes, reforçando a necessidade de políticas públicas que garantam a inclusão do lipedema no sistema de saúde pública.
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