O crescente consumo de cigarros eletrônicos entre crianças e adolescentes será debatido na Câmara dos Deputados. A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família realizará uma audiência pública nesta quarta-feira, dia 4, às 16 horas, no plenário 7. A iniciativa atende a um pedido do deputado Dr. Allan Garcês (PP-MA), preocupado com os impactos nocivos à saúde dessa população.
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um número significativo de jovens já experimentou esses produtos. O levantamento apontou que 22,6% dos estudantes com idade entre 13 e 17 anos relataram ter fumado pelo menos um cigarro convencional na vida, enquanto 16,8% admitiram ter experimentado o cigarro eletrônico.
O deputado Dr. Allan Garcês justificou a audiência pública, afirmando: “É nítido que os jovens estão consumindo mais esses equipamentos danosos à saúde, razão pela qual entendemos que é preciso realizar uma audiência pública para ouvir os profissionais da área de saúde que lidam diariamente com o atendimento desse público, para entendermos sobre o como combater esse mal”.
A audiência pública terá caráter interativo, permitindo o envio de perguntas. A lista de convidados para o debate está disponível aqui.
O evento visa reunir especialistas em saúde para discutir estratégias de combate ao uso de cigarros eletrônicos por jovens, buscando entender as causas desse aumento no consumo e as consequências para a saúde pública. A preocupação central é a crescente vulnerabilidade dos adolescentes a esses produtos, e a audiência pretende contribuir para a elaboração de políticas públicas mais eficazes de prevenção e combate ao problema.
Entre os pontos cruciais a serem abordados na audiência estão: a necessidade de regulamentação mais rigorosa sobre a venda e comercialização desses produtos para menores de idade; a importância da conscientização sobre os riscos à saúde, incluindo os efeitos a longo prazo ainda desconhecidos; e o papel da família, da escola e da sociedade na prevenção do uso de cigarros eletrônicos por jovens.
A expectativa é que o debate contribua para a construção de um plano de ação mais abrangente para proteger a saúde da população jovem dos riscos associados aos cigarros eletrônicos.
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