A Rússia anunciou nesta quinta-feira (17) a expulsão do vice-embaixador da missão diplomática dos EUA em Moscou, Bart Gorman, informou a mídia local.
A Embaixada dos EUA na Rússia adiantou que esta medida não ficará sem resposta por parte de Washington. “Podemos confirmar que a Rússia expulsou o vice-embaixador da missão diplomática dos EUA. Bart Gorman, que é a segunda pessoa na embaixada e um dos principais funcionários da equipe”, disse em um comunicado.
Eles também descreveram a decisão de Moscou como um passo para intensificar as relações bilaterais entre os dois países.
O perfil de Gorman no site da embaixada afirma que o enviado de Washington “é responsável por aspectos-chave das relações EUA-Rússia”.
Por outro lado, a Embaixada dos Estados Unidos salientou que um diplomata russo de patente equivalente à de Gorman deixou o país norte-americano em janeiro deste ano “depois de expirado o prazo”.
Moscou ainda não esclareceu o motivo da expulsão de Gorman.
Biden repete que risco de invasão russa é ‘muito elevado’
O presidente dos EUA, Joe Biden, voltou a declarar hoje aos jornalistas que a Rússia está preparada para atacar a Ucrânia e que essa invasão deve ocorrer dentro de alguns dias. “Todas as indicações que temos são de que eles estão preparados para entrar na Ucrânia, atacar a Ucrânia”, disse Biden, descrevendo o risco de uma invasão russa como “muito alto”.
“Meu sentimento é que isso acontecerá nos próximos dias” , acrescentou o presidente dos EUA.
O porta-voz do presidente russo, Dmitri Peskov, reagiu rapidamente às palavras de Biden. “Infelizmente, as tensões continuam a ser alimentadas por tais declarações”, disse ele.
Após as declarações de Biden, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, também afirmou à mídia que “a evidência no terreno é que a Rússia está caminhando para uma invasão iminente”.
Terça e quarta-feira foram designadas em vários meios de comunicação ocidentais como as datas do início da ofensiva, com referência a fontes anônimas do governo dos EUA ou dados de inteligência, mas tais previsões não se concretizaram. Moscou tem repetidamente chamado tais declarações de “desinformação”, enquanto o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e outros líderes ucranianos importantes minimizaram esses rumores.
Nem mesmo o anúncio do Ministério da Defesa russo no início da semana de que algumas das forças no sul e oeste do país haviam concluído exercícios militares e estavam retornando às suas bases permanentes não aliviou as tensões. Um alto funcionário do governo dos EUA disse à Reuters sob condição de anonimato que Moscou teria enviado milhares de tropas adicionais para áreas na fronteira com a Ucrânia, onde mais de 100.000 soldados já estavam estacionados.
Entretanto, a escalada do conflito na zona de contato entre as Forças Armadas ucranianas e as milícias das duas regiões separatistas do leste do país foi noticiada esta quinta-feira.
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