O porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou neste sábado (26) que a Ucrânia se recusou a negociar um cessar-fogo.
“Ontem, em conexão com as negociações previstas com a liderança ucraniana, o Presidente da Rússia ordenou a suspensão do avanço das principais forças das tropas russas”, disse o porta-voz a repórteres, afirmando que os confrontos que ocorreram na sexta-feira foram realizados “com grupos móveis de nacionalistas”.
“Como, de fato, o lado ucraniano se recusa a negociar, o avanço das principais forças russas foi retomado esta tarde, de acordo com o plano da operação”, continuou.
Alexei Arestovich, assessor do Gabinete do Presidente da Ucrânia, confirmou ao jornal ucraniano Straná que Kiev rejeitou as negociações.
“Sim. A Ucrânia recusou-se a negociar. Porque as condições que o lado russo alterou por meio de intermediários não nos satisfazem. Foi uma tentativa de nos forçar a nos render. Demos-lhes um sinal de que os termos de um possível tratado de paz são possíveis nos termos de Kiev, e não nos de Moscou”, disse Arestovich, que chamou as condições apresentadas por Moscou de “muito arrogantes”.
“Vamos negociar nas condições que vamos apresentar e não eles”, afirmou.
Na madrugada desta sexta-feira, o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, indicou que estava disposto a negociar para interromper a operação militar russa no país. Na tarde do mesmo dia, Peskov afirmou que as autoridades ucranianas não estavam cooperando com Moscou na preparação de negociações bilaterais, aumentando sua capacidade de repelir as tropas russas na própria Ucrânia.
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