O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelenski, anunciou nesta quinta-feira (24) a entrada em vigor da lei marcial em todo o país, depois que seu homólogo russo, Vladimir Putin, anunciou a realização de “uma operação militar especial” para defender o Donbass.
Além disso, em uma mensagem dirigida à nação, Zelensky afirmou que “a Rússia atingiu nossa infraestrutura militar e nossas áreas de fronteira”, acrescentando que “foram ouvidos tiros na Ucrânia”.
O presidente informou ao público que já teve uma conversa com o presidente dos EUA, Joe Biden, e que a nação norte-americana “começou a preparar a ajuda internacional”.
“Hoje de vocês, de cada um de vocês, é preciso calma. Se possível, fiquem em casa. Estamos trabalhando. O exército está trabalhando. Todo o setor de defesa da Ucrânia está trabalhando”, assegurou Zelensky.
O presidente russo, Vladimir Putin , anunciou que decidiu realizar ” uma operação militar especial ” para defender Donbass. Durante uma mensagem especial aos cidadãos russos, o presidente explicou que o objetivo da operação é “ proteger as pessoas que foram submetidas a abusos e genocídios pelo regime de Kiev por oito anos”. “Para isso, vamos nos esforçar para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. E também para levar à justiça aqueles que cometeram vários crimes sangrentos contra a população civil, incluindo cidadãos da Federação Russa”, acrescentou.
Putin enfatizou que as circunstâncias exigem que Moscou aja “firme e imediatamente” e observou que “as Repúblicas Populares do Donbass solicitaram ajuda da Rússia”. Ele também enfatizou que os planos da Rússia ” não incluem a ocupação de territórios ucranianos, não vamos impor nada a ninguém pela força”.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, chamou a operação militar iniciada pela Rússia no Donbass de “grave violação do direito internacional”.
Em um comunicado oficial publicado hoje, Stoltenberg declarou que condena “o ataque imprudente e não provocado da Rússia à Ucrânia”. Ele também indicou que é “uma séria ameaça à segurança euro-atlântica”.
O chefe da Otan pediu à Rússia que cesse “imediatamente” sua ação militar. Por fim, ele assegurou que os aliados da Otan se reunirão para tratar das “consequências das ações agressivas da Rússia”.
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