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Twitter retira símbolo de “verificado” de milhares de usuários

A eliminação do selo azul de verificação pelo Twitter segue gerando críticas e preocupações sobre confiança e moderação de conteúdo

Nesta quinta-feira (20), o Twitter começou a retirar o selo azul de verificação de milhares de usuários que não aderiram ao programa Twitter Blue. Entre os afetados estão celebridades, políticos, jornalistas e ativistas. A medida foi anunciada pelo dono da rede social, Elon Musk, que prometeu se desfazer do símbolo azul, que ele chegou a descrever como um sistema que diferenciava os usuários entre “nobres e vassalos”.

Como alternativa, Musk passou a vender o selo a qualquer um que pagasse 8 dólares mensais pelo programa Twitter Blue, uma manobra que, segundo o próprio Musk disse no ano passado, “vai democratizar o jornalismo e empoderar a voz das pessoas“. Agora, apenas quem assinar o programa poderá ter o símbolo de verificado, cuja cor muda segundo a natureza do perfil, além de outros benefícios, como escrever tuítes ou publicar vídeos mais extensos e editar publicações dentro do prazo de 30 minutos.

No entanto, a medida foi criticada por alguns usuários, que apontaram possíveis consequências na confiança do público em casos de emergências, como desastres naturais. O senador americano Brian Schatz, por exemplo, afirmou que “realmente deveria haver uma maneira de se verificar que os gestores de emergências são reais nesta rede, ou os impostores causarão sofrimento e morte“. Ele ainda disse que “não está reclamando sobre seu próprio selo de verificado, apenas acha que, durante desastres naturais, é essencial saber que a FEMA é realmente a FEMA“, se referindo à Agência Federal para o Gerenciamento de Emergências dos EUA, que emite alertas em caso de eventos como furacões e fortes tempestades.

Além disso, a retirada dos selos verificados também levantou preocupações sobre a confiabilidade das informações compartilhadas na plataforma. Muitos usuários se queixam que os discursos de ódio e desinformação têm proliferado na rede social e que perfis com posturas extremas estão ganhando terreno por causa de uma menor moderação de conteúdo.

Essa não é a única controvérsia recente envolvendo o Twitter. A plataforma também tem sido criticada por várias organizações de notícias que reclamaram de terem sido etiquetadas como “afiliadas ao Estado” ou “financiadas pelo governo”. Rádios públicas como a NPR dos Estados Unidos, a CBC do Canadá e a Sveriges Radio da Suécia já tomaram a decisão de abandonar a rede social. Além disso, um prognóstico detalhado apontou que as receitas do Twitter com publicidade podem cair bastante em 2023.

A remoção dos selos verificados de milhares de usuários é mais uma mudança significativa na estratégia do Twitter, que busca inovar e aumentar sua receita. Resta saber se essa medida será bem recebida pelos usuários da plataforma e se ela terá um impacto significativo na confiança e na qualidade das informações compartilhadas na rede social.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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