Donald Trump, o magnata republicano de 78 anos, foi eleito presidente dos Estados Unidos pela segunda vez, segundo projeções divulgadas pela emissora Fox News nesta quarta-feira (6). Trump obteve pelo menos 277 votos no colégio eleitoral, superando os 270 necessários para assegurar a presidência.
Essa vitória faz dele o primeiro governante a assumir dois mandatos não consecutivos desde o democrata Grover Cleveland, que ocupou a Casa Branca no final do século XIX.
A conquista de Trump também estabelece novos precedentes históricos: ele será o presidente mais velho a tomar posse nos EUA e o primeiro com uma condenação criminal. Em 2023, Trump foi considerado culpado de falsificar registros financeiros para ocultar um pagamento à ex-atriz pornô Stormy Daniels, fato que não impediu sua ascensão de volta ao poder.
Além da Fox News, a CNN, o New York Times e a Associated Press também projetaram a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos. A vitória na Pensilvânia e no Wisconsin são vistas como algo decisivo, tornando o cenário praticamente irreversível para o republicano.
Essa é a segunda vez que Trump derrota uma candidata democrata na corrida à presidência: em 2016, ele venceu a ex-secretária de Estado Hillary Clinton e, agora, superou Kamala Harris, vice-presidente de Joe Biden. Harris, que enfrentou uma base insatisfeita e uma baixa popularidade, ficou para trás também no voto popular, um resultado inédito para Trump.
Em âmbito nacional, Trump registra até o momento 51,2% dos votos, enquanto Kamala Harris obtém 47,4%. Em seu discurso de vitória em Palm Beach, Flórida, Trump celebrou a conquista. “Essa é uma vitória magnífica que nos permitirá tornar a América grande de novo”, afirmou o presidente eleito.
Acompanhado por sua esposa, Melania Trump, e seus filhos, ele descreveu o momento como parte do “maior movimento” político dos Estados Unidos. “Superamos obstáculos impensáveis, e agora está claro que realizamos o feito político mais incrível”, destacou Trump, lembrando que, após a derrota para Biden em 2020 e a invasão ao Capitólio em 2021, muitos o viam como uma figura política em declínio.
No discurso, Trump fez agradecimentos ao bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma X, pelo apoio recebido durante a campanha. Ele também prometeu redirecionar os esforços de política externa dos EUA, focando no término de conflitos internacionais. “Vamos acabar com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio. Deus me poupou por um motivo, e agora completaremos a missão de manter as promessas”, declarou o republicano, sinalizando uma nova fase para a política externa americana.
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