(ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confessou que teve uma conversa extraoficial “de 15 minutos” com o líder russo, Vladimir Putin, durante um jantar do G20 de Hamburgo, na Alemanha. Trump e Putin se reuniram pela primeira vez oficialmente durante a cúpula, no início do mês, e deram uma coletiva de imprensa conjunta. Porém, ontem (19) o jornal “The New York Times” revelou que os dois tiveram um segundo encontro em Hamburgo. Um dia após a revelação, o magnata republicano admitiu a conversa, definindo-a como “interessante”. Segundo ele, a conversa foi apenas “uma troca de elogios”.
“Já estávamos indo para a sobremesa do jantar e eu fui falar com Melania, quando aproveitei e cumprimentei Putin”, disse Trump. “Tratou-se de uma troca de elogios, nada mais que isso. Não foi uma conversa longa. Conversamos sobre algumas coisas, como adoções, foi interessante”, explicou o republicano.
A Rússia veta a adoção de crianças norte-americanas por cidadãos russos. A medida foi imposta em 2012, após os EUA colocarem em vigor sanções contra Moscou por acusações de violações de direitos humanos. Em 2016, o filho do presidente norte-americano, Donald Trump Jr., teve uma reunião com especialistas russos para discutir o tema. Já o Kremlin criticou a pressão da mídia internacional sobre o segundo encontro entre Putin e Trump. De acordo com o governo russo, “não era um segredo” e, portanto, não havia necessidade de dar destaque a isso. O porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, também admitiu que uma outra reunião com Trump pode ocorrer, mas que não há data ainda.
A relação entre Putin e Trump gera polêmicas dentro e fora dos EUA. Isso porque a Rússia é acusada de tirar vantagens e interferir nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016, prejudicando a campanha da candidata Hillary Clinton. Por outro lado, Trump e Putin têm interesses opostos em assuntos estratégicas, como Oriente Médio e a guerra na Síria.
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