Um forte terremoto de magnitude 7,0 atingiu a costa da Califórnia nesta quinta-feira (5), provocando uma série de tremores secundários. O epicentro, localizado a aproximadamente 100 km a oeste-sudoeste de Ferndale, Califórnia, foi registrado às 10h44, horário do Pacífico, de acordo com dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Nas três horas seguintes, o USGS registrou mais de 35 tremores secundários na região, com magnitudes variando de 2,5 a 4,7, incluindo dois tremores em terra. “Houve um número considerável de tremores secundários“, afirmou Harold Tobin, sismólogo do estado de Washington e diretor da Rede Sísmica do Noroeste do Pacífico.
O USGS prevê até 130 tremores secundários com magnitude 3 ou superior na próxima semana, com uma probabilidade de 53% de tremores secundários maiores que magnitude 5. “É perfeitamente plausível que haja um ou mais tremores secundários maiores“, disse Tobin. A probabilidade de um tremor secundário com magnitude 7 ou superior é estimada em 1 em 100.
O terremoto originou-se na Junção Tripla de Mendocino, uma região sismicamente ativa onde as placas tectônicas do Pacífico, Norte-Americana e Juan de Fuca se encontram. Localizada entre duas importantes zonas de terremotos, a extremidade norte da falha de San Andreas e a extremidade sul da Zona de Subducção de Cascadia, a junção já produziu cinco terremotos de magnitude 7 ou superior no último século. Embora a Zona de Subducção de Cascadia tenha potencial para terremotos de magnitude 9,0, a Junção Tripla de Mendocino tende a gerar terremotos na faixa de magnitude 7, segundo Tobin.
O terremoto inicial gerou alertas de tsunami e evacuações ao longo da costa do norte da Califórnia ao sul do Oregon, incluindo a área da Baía de São Francisco. Os alertas, que duraram cerca de uma hora, foram cancelados pelo Centro Nacional de Alerta de Tsunami por volta das 11h54, horário local, após confirmação de que não havia mais ameaça.
A ausência de um tsunami provavelmente se deve à natureza do terremoto, classificado como “strike-slip”, onde as placas se movem horizontalmente, em vez de verticalmente, não deslocando a água do oceano para cima e criando uma onda. Tobin, no entanto, considerou o alerta “justificado”, afirmando que “até que tenhamos parâmetros suficientes do terremoto e possamos verificar se há ou não uma onda real, é prudente emitir esses alertas“.
O USGS relatou baixa probabilidade de mortes relacionadas aos tremores, com danos possíveis e impacto relativamente localizado.
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